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31 de julho de 2010

Quase Famosos


Por Jardel Nunes

É difícil explicar o rock n’ roll... um sentimento, estilo de vida, é muito mais do que só a música... E em 1973, isto tudo estava perto do fim... a idéia de que a música era mais importante que tudo estava sendo trocada pelos ideais capitalistas, acordos milionários, músicos com grandes mansões. Mas ainda existiam aqueles que viviam a música e a veneravam... como William (Patrick Fugit), um rapaz de 15 anos que desenvolveu esse gosto ao ganhar uma coleção de discos da irmã (Zooey Deschanel).

Mesmo vivendo sobre a repressão da mãe (Frances McDormand), William escrevia sobre rock para um jornal local, fez alguns trabalhos para a revista do crítico, amigo e conselheiro Lester Bangs (Philip Seymour Hoffman) e acabou sendo convidado para escrever uma matéria para a grande revista Rolling Stone: 3000 mil palavras sobre o Stillwater, uma banda de segundo escalão que acabara de lançar o terceiro disco e almejava lugar entre os grandes...

Mais difícil é lembrar em qual o momento o rock entrou na nossa vida... quando você começou a sentir aquela sensação... no filme, somos apresentados ao mundo do rock n’ roll juntos com William. Ele era só um menino que ouvia e venerava, desconhecia o conturbado mundo de turnês, mentiras, fãs, as brigas de egos: “eu sou o líder da banda e você é o guitarrista místico, foi assim que combinamos” diz Jeff (Jason Lee), o vocalista, para o companheiro.

Quem nos guia para esse outro lado é o guitarrista Russell (Billy Crudup), na cena em que entra no palco ao som da pulsante bateria de Fever Dog e nos diz (ou diz para William): “se coloca ali”... e, o que parecia um drama/comédia familiar muda de tom. Agora vamos rodar os EUA, tocando de cidade em cidade, sempre com as groupies ao lado... mas note que com algumas poucas exceções, a história de Sexo, Drogas e Rock N’ Roll é deixada de lado para prevalecer a música...

A época era de exageros enormes, orgias, álcool e drogas, mas aqui vemos uma versão romanceada disso tudo, a versão de um menino que realizava o sonho de muitos outros garotos da época... William é o próprio diretor Cameron Crowe, foi ele que viveu essas experiências enquanto cobria bandas como o Led Zeppelin ou The Who. A fictícia Stillwater e as situações ocorridas com seus integrantes são inspiradas em bandas da época, inclusive a hilária cena em que Russell diz que é um “Deus dourado” ao pular de cima de uma casa (dizem que Robert Plant fez isso)...

Além de William, existem outros personagens que são reais, como Lester Bangs e Penny Lane (Kate Hudson, em seu melhor papel até hoje), a famosa groupie por quem o jovem Cameron Crowe se apaixonou. O filme trata do amadurecimento, do rock, dos integrantes da Stillwater, mas principalmente de William... a liberdade, as descobertas do sexo e do amor. Ele nunca mais seria o mesmo depois de tudo que passou naquela turnê...

Ainda assim, Quase Famosos é um filme sobre a música e a paixão por ela, pode não ser 100% verídico ou não trazer novidades ao gênero, mas continua sendo o melhor até agora...

29 de julho de 2010

Estréias da Semana


Salt

Ação, 16 anos
Direção: Philip Noyce.
Elenco: Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor.
Duração: 100 min.

Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar

Animação, Livre
Direção: Hayao Miyazaki.
Vozes originais: Yuria Nara, Hiroki Doi, Jôji Tokoro.
Duração: 101 min.

Um Novo Caminho

Drama, 14 anos
Direção: Philippe Godeau.
Elenco: François Cluzet, Mélanie Thierry, Michel Vuillermoz.
Duração: 106 min.
Obs.: Somente SP e RJ.

Uma Noite em 67

Documentário, Livre
Direção: Renato Terra e Ricardo Calil.
Duração: 85 min.


Fonte:
Omelete

28 de julho de 2010

Mundo Cão



Por Jardel Nunes

Existe uma certa época na vida de todos que é cheia de dúvidas, angustias, pressões... aquele ano, ou meses, que nos separam da adolescência, época em que a maior preocupação é passar de ano e se divertir com os amigos, para a vida adulta. Faculdade? Trabalho? Sair da casa dos pais? Tudo parece tão complicado, tempo em que os pontos de interrogação estão por todos os lados...

Em Mundo Cão (o filme também foi lançado com o nome “Ghost World - Aprendendo a Viver”) conhecemos Enid e Rebecca. As duas acabaram de terminar o colegial, e enquanto todos decidem para que faculdades irão, elas tem outros planos. Trabalharem, alugar um apartamento e morar juntas. Realizar o sonho de ser independentes, que estão planejando desde a sétima série...

Em uma brincadeira de mal gosto, aparece Seymor na vida delas. Quarentão, colecionador e amante de músicas antigas, mas que não consegue se relacionar com ninguém além dos iguais a ele, o que chama a atenção de Enid... ela não consegue superar as mudanças e não abandona seu lado revolucionário, o que a afasta de Rebecca, que já começou sua vida adulta e quer comprar copos pra casa nova.

O filme, lançado em 2001 e dirigido por Terry Zwigoff, é uma adaptação de uma HQ americana de mesmo nome... os palavrões desferidos pelas protagonistas, as situações e personagens bizarros (como o “malucão” no mercadinho) fazem de Mundo Cão um daqueles filmes que não agrada a todos, mas tem seu público cativo. Aqueles que adoram uma boa história com toques pops, boa trilha sonora, etc...

Além das qualidades já citadas, “Mundo” foi responsável por consolidar as carreiras de Thora Birch e Scarlett Johansson, que se saem muito bem como Enid e Rebecca, respectivamente... as duas só não são o grande destaque porque contracenam com o sempre ótimo Steve Buscemi, no papel do esquisitão Seymor. O mesmo nível de atuação dos já citados não se espalha por todo o elenco de coadjuvantes, mas nada que estrague o bom resultado final...

27 de julho de 2010

Top5 - Roteiristas de HQs

Fazer listas é parte da cultura pop, e de seus admiradores, é fato... essa “mania” de listar melhores ou piores pode ser vista em qualquer conversa entre amigos, e até em filmes. Pois já estava mais do que na hora do Topangablog começar a listar seus favoritos, ou não... já que o Top 5 do blog irá ter no mínimo duas opiniões distintas sobre cada assunto proposto.


Um mesmo tema, com duas ou mais listas diferentes, de pessoas diferentes é justamente pra criar discórdia com as opiniões opostas. Então, toda semana aparecerá por aqui um tema, e haverá uma lista de cada um da equipe do Topangablog. Além é claro de pedir aos leitores que façam suas próprias listas e nos enviem, por comentários, por email. A participação e opinião de todos é muito importante. Se isso for um bom motivo pra discussões (no bom sentido), ótimo, é essa a idéia.


Então, para começar: Melhores Roteiristas de Quadrinhos...


Diego Alves


- Steve Niles (30 Dias de Noite/Crimes Macabros)

- Warren Ellis (Transmetropolitan/Planetary)

- Grant Morrison (Os invisíveis/WES: Instinto de Sobrevivência)

- Alan Moore (Watchmen/V de Vingança)

- Garth Ennis (PREACHER)


Giba


- Grant Morrison (Novos X-Men)
- Warren Ellis (
Transmetropolitan)
- Brian Michael Bendis (Novos Vingadores)
- Ed Brubaker (Capitão América)

- Jason Aaron (Escalpo)


Jardel Nunes


- Mark Millar (Os Supremos)

- Brian Michael Bends (Vingadores)

- Brian K. Vaughan (Y – O Último Homem)

- Don Rosa (Família Pato)

- Matt Fraction (Homem de Ferro)


E aí? Concorda ou discorda das listas? Faça a sua também! Deixe aí nos comentários, mande um email, ou no Twitter. Esperamos a sua participação. E até o próximo Top5...


26 de julho de 2010

A Teia do Homem-Aranha

Por Jardel Nunes


Quem lia HQs de heróis em meados dos anos 90, deve se lembrar da “A Teia do Aranha” lançada mensalmente pela editora Abril. Enquanto a revista “O Homem-Aranha” se encarregava de mostrar a linha cronológica das aventuras do amigão da vizinhança, “A Teia” (além de alguns complementos a outra revista, como na época da Saga do Clone) se mostrava mais voltada para histórias soltas e lembrar algumas grandes aventuras do passado.


A Abril largou a linha Marvel e DC, a Panini pegou. Desde então todas as histórias do cabeça de teia estavam espremidas em uma única revista... mas agora, com a tão falada revolução editorial, o herói mais simpático do universo Marvel volta a ganhar sua segunda edição nacional com a chegada da “A Teia do Homem-Aranha”. O nome é um pouquinho diferente, mas a idéia é mais ou menos a mesma do extinto formatinho da Abril...


Em junho de 2010 chegou a nova revista às bancas, e pode se dizer que o novo título começou “bom”. São seis histórias bem ao estilo do amigão da vizinhança, leves, divertidas e descontraídas. E o melhor de tudo, tirando uma única exceção (uma história que mostra a amizade entre Peter e Harry), são aventuras avulsas, sem ter que se preocupar com fatos cronológicos de quase 50 anos de histórias...


Desse modo, a HQ é recomendada para todos os fãs de carteirinha do Aranha, mas também pode entreter muito bem aquele leitor casual, que não quer se preocupar em comprar HQ todo mês... quanto as histórias, as cinco primeiras são “OK”, roteiros e artes “OK”. Boas histórias para passar o tempo, mas a última...


A última história, intitulada “O Breve Dia das Bruxas” (só pode ser uma piada com uma famosa história do Batman) e escrita pelos comediantes do SNL, Bill Hader (lembra do policial parceiro do Seth Rogen em Superbad? É ele...) e Seth Meyers, é ótima... nela, o cabeça de teia troca de lugar com um bêbado que se fantasiou de Homem-Aranha para o Halloween. E acaba na casa dos amigos do cara, que estão fantasiados de Hunter Thompson e Shaun, de Todo Mundo Quase Morto. Hilária...


A Teia do Homem-Aranha é bimestral, traz 148 páginas, com lombada quadrada, papel pisa-brite e custa R$14,90... não é “a preço de banana”, mas vale a pena. Faltou a Panini reproduzir no interior da revista as capas originais de cada uma das histórias, o que deixa o resultado final bem mais interessante... fica a dica.


23 de julho de 2010

Por Uma Vida Menos Ordinária


Por Jardel Nunes


Ganhador de um Oscar de melhor diretor a dois anos, Danny Boyle já tem alguns filmes no currículo. É certo que Boyle gosta de misturar e explorar estilos bem diferentes em seus longas, seja da aventura Bollywoodiana Quem Quer Ser Um Milionário? (que lhe deu o Oscar), até a ficção científica de Sushine, passando pelo terror de zumbis em Extermínio...


Fato também é que o ecletismo do diretor não quer dizer que ele ainda não achou a sua “Praia”. Todos seus filmes podem ser considerados acima da média... passando pelos estilos cinematográficos, pode se dizer que “Por Uma Vida” seja a comédia romântica do cineasta, com alguns toques tarantinescos, meio Bonnie e Clyde, mas ainda assim a grande questão é o amor...


O filme se foca no casal Robert e Celine, totalmente opostos... ele, um faxineiro que acaba de ser demitido e largado pela namorada, um robô fará a limpeza no seu lugar (sinal do novo milênio? O filme é de 97). Ao tentar tirar a história a limpo com o dono da empresa, acontece uma confusão enorme com os guardas, e Robert acaba atirando no ex-chefe, e sequestrando a filha do mesmo, a riquinha revoltada Celine.


Tudo isso só acontece por culpa de Jackson (Delroy Lindo) e O'Reilly (Holly Hunter), dois anjos cupidos que ganharam a tarefa de juntar o casal... as piadas e metáforas com o céu, se espalham por todo o filme. Certa cena vemos Robert lavando o chão de um restaurante, logo depois vamos ao céu, que se assemelha a uma repartição, onde os anjos ganham incentivos fajutos e respondem ao superior Gabriel (Dan Hedaya). Que por sua vez só obedece ordens “vindas de cima”.


Ambos os personagens só estão a procura da tal vida menos ordinária do título. A mesma temática que o diretor usou em sua obra-prima Trainspotting, da onde também buscou o ator principal, Ewan McGregor, que como sempre esbanja talento. Vale notar que aqui McGregor já solta a voz em uma das melhores cenas do longa, talento que ficaria evidente no magistral Moulin Rouge. Filme que estrelaria algum tempo depois.


Para completar o casal, temos a queridinha e tão criticada Cameron Diaz. Aqui ela se sai bem, dando o apoio necessário para o par romântico e usando o charme quando necessário... ao final do filme, ainda dá tempo para os engraçados créditos finais em animação ao som de Oasis, apenas uma amostra da ótima trilha sonora que mistura romantismo com eletrônica... aliás, misturar é o que Boyle faz de melhor.



22 de julho de 2010

Estréias da Semana


O Bem Amado

Comédia, 12 anos

Direção: Guel Arraes.
Elenco: Marco Nanini, Matheus Nachtergaele, José Wilker.
Duração: 100 min.


Predadores

Terror, 14 anos

Direção: Nimród Antal.
Elenco: Topher Grace, Danny Trejo, Adrien Brody, Alice Braga, Laurence Fishburne.
Duração: 107 min.


Sempre Bela

Drama, 12 anos

Direção: Manoel de Oliveira.
Elenco: Michel Piccoli, Bulle Ogier
Duração: 70 min.

Somente Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre


Vincere


Drama, 16 anos

Direção: Marco Bellocchio.
Elenco: Giovanna Mezzogiorno, Filippo Timi, Michela Cescon
Duração: 128 min.

Somente São Paulo

Fonte: Omelete

21 de julho de 2010

Batman – O Longo Dia das Bruxas


Por Jardel Nunes


Talvez o título de super herói mais famoso do mundo ainda seja do Super Homem. Mas sem dúvida, no título de histórias mais marcantes e importantes, o homem morcego é quem se sobressai aos demais heróis, tanto da DC, quanto Marvel... o fato do herói ser “apenas” um humano treinado e com um bom senso de detetive colabora muito para isso.


O Longo Dia da Bruxas (ganhadora do prêmio Eisner de melhor mini-série), usa justamente essa faceta do personagem... um assassino aparece em Gotham City, matando pessoas ligadas a máfia da cidade. Cabe ao Batman, juntamente com o Capitão Gordon e o promotor Harvey Dent, achar e prender o tal serial killer, que ganhou o nome de “Feriado” pois sempre faz suas vítimas em datas comemorativas do ano.


Interessante é o fato do uso de praticamente todo o universo do herói para a narrativa da história... além da máfia, vários vilões clássicos (e alguns nem tanto) de Gotham entram na história dando suas contribuições: Coringa, Mulher-Gato, Charada, Hera... todos eles tem boas participações. Muito dessa miscelânea de personagens se deve a Jeph Loeb, escritor da obra...


O roteirista que fez estripulias na passagem pelo título do Golias Esmeralda (só faltou aparecer Hulk cor-de-rosa) faz um belo trabalho nessa história do Batman. Seu roteiro é impecável, cheio de detalhes, intrigas, pistas, e com um clima digno de Sherlock Holmes... em certa altura da história, todos os envolvidos estão na lista de suspeitos, nem o morcego se escapa.


Contribuindo para o clima da história, a arte de Tim Sale é primorosa... seu trabalho de sombras e traços parecem sair de algum filme policial antigo, dando um clima noir para a HQ... vale lembrar que o final da história é daqueles que te faz querer ler tudo de novo para pegar as pistas jogadas pelo caminho. Como uma boa história policial deve ser...


Para os que se interessaram, existem duas maneiras de ler essa ótima história no Brasil. A Abril lançou a mini-série em 1998, em 8 edições de 40 e poucas páginas cada ao preço de R$3,90 cada, e ainda é possível achar elas por aí (eu comprei as 8 em um pacote por 21 reais)... já a Panini lançou uma “edição definitiva” em 2008, com 404 páginas, capa dura, papel luxuoso, pelo simplório valor de R$ 95,00... o seu bolso que vai decidir.


19 de julho de 2010

Control


Por Jardel Nunes


O final dos anos 70 mudou para sempre a história da música, enquanto surgia o movimento punk na América com os Ramones e em Londres com os Sex Pistols... outra cidade britânica, Manchester, ficou conhecida por trazer ao mundo o pós-punk, bandas influenciadas por Velvet Undergrond, Bowie, mas também abertas as novidades eletrônicas nas gravações.


O centro disso tudo era a Factory Records, gravadora independente fundada por Tony Wilson, apresentador de TV e crítico musical... esse movimento em Manchester já rendeu pelo menos 2 ótimos filmes, “24 Hours Party People” que tem em Tony seu protagonista e, Control, que foca na vida de Ian Curtis, lendário vocalista da Joy Division. Banda que encabeçou essa época.


O longa baseado no livro escrito por Deborah, a esposa de Ian, mostra um pouco da vida de Curtis. Desde a adolescência, quando dava golpes em senhoras idosas, para se drogar com remédios, até a fatídica morte em 1980, aos 23 anos... o músico era conhecido por seu olhar caído e performances explosivas em cima do palco, características que foram reconstituídas com louvor pelo ator Sam Riley, assim como os ataques epiléticos que muito preocupavam Ian...


Além dos problemas com a epilepsia, Curtis vivia uma vida dividida entre a mulher Deborah (Samantha Morton), com quem se casou muito novo e teve uma filha, e Annik (Alexandra Maria Lara), amante que o acompanhava durante as viagens com a banda... a indecisão entre as duas, e a pressão da música o deixavam acabado. Em certa hora ele diz: “quando estou lá em cima, cantando, eles não entendem o quanto eu me dou e quanto isso me afeta...”


Apoiado pela ótima trilha sonora, que conta com Lou Reed, Bowie, e várias canções do Joy Division (algumas interpretadas pelos próprios atores) e a bela fotografia em preto e branco, o diretor Anton Corbijn leva o filme muito bem. Não o deixando cair para o lado melodramático, e colocando os números musicais em horas bem oportunas. Para os fãs de música, Control é indispensável... recomendado por todos da equipe do Topangablog.

16 de julho de 2010

O Poderoso Chefão – O Game


Por Jardel Nunes


Digam-me cinéfilos de plantão, a idéia de participar de um filme é tentadora, não é mesmo? E quem sabe entrar na história de um dos filmes mais importantes de todos os tempos? Essa é mais ou menos a idéia desse game desenvolvido pela Electronic Arts... misturando a história e universo do filme de 72 com jogos ao estilo GTA, onde se tem uma cidade toda para explorar nas horas livres.


O jogo lançado para PC e PS2 funciona assim: crie seu personagem, há muitos detalhes corporais disponíveis (com um pouco de calma se consegue ficar bem parecido com o jogador) e várias roupas para comprar ao longo do jogo (ternos e casacos mais caros te dão mais respeito). Depois é só começar sua jornada. No começo você será abrigado pela família Corleone e começará a receber pequenas tarefas...


Seja um bom empregado e logo subirá de cargo, até no final se tornar o novo Don... mas para isso são muitas horas de jogo e muitas voltas dentro da cidade de Nova York e seus cinco bairros disponíveis: New Jersey, Cozinha do Inferno, Little Italy, Midtown e Brooklyn, todos eles bem detalhados, com muitos negócios a extorquir e cheios de becos com comerciantes de armas para explorar. Isso é um dos pontos fortes do game, não está afim ou não tem nenhuma missão urgente, vá passear livremente pela cidade e faça “o que dá na telha”.


A cidade é tão grande e tão cheia de detalhes que serão muitas horas de jogo e você não conhecerá todos os cantos da metrópole... para exemplificar, na primeira vez que joguei, foram quase noventa horas de jogo e não consegui ser chefe de todos os estabelecimentos da cidade, que são dominados pelas famílias rivais dos Corleone: Tattaglia, Barzini, Cuneo e Stracci...


Além das qualidades já citadas, o grande lance do game é mesmo colocar o jogador dentro do filme. Sem a sua participação, o filme não acontecerá... é você que verá a tentativa de assassinarem Don Vito Corleone, o levará para o hospital e ficará de guarda, você vai implantar a arma no banheiro para Michael Corleone e também carregar uma cabeça de cavalo... ah, vale lembrar que o jogo é recomendado para maiores de 18 anos.


Com exceção de Al Pacino, todos os outros personagens do game tem a mesma cara dos atores e foram dublados pelos mesmos, o que aumenta ainda mais a sensação de estar dentro do filme... então fica a dica, O Poderoso Chefão é um grande game, tanto para fãs de jogos, quanto para os de cinema... não é toda hora que se pode dividir a cena e bater um papo com Marlon Brando não é mesmo?



15 de julho de 2010

Estréias da Semana


À Prova de Morte

Suspense, 16 anos

Direção: Quentin Tarantino.
Elenco: Kurt Russell, Rosario Dawson, Rose McGowan.
Duração: 114 min.
Texto sobre o filme AQUI


Encontro Explosivo


Ação, 14 anos

Direção: James Mangold.

Elenco: Tom Cruise, Cameron Diaz.

Duração: 109 min.


Dzi Croquetes


Documentário, 14 anos

Direção: Tatiana Issa e Raphael Alvarez.
Duração: 110 min.








Fonte: Omelete

13 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock no Topangablog

Desde 1985, quando foi organizado o Live Aid, um enorme festival que aconteceu simultaneamente nos EUA e na Inglaterra, para arrecadar fundos e acabar com a fome na Etiópia, o dia 13 de julho ficou reconhecido como o Dia Mundial do Rock.


E para festejar deixo aqui um clipe de uma das melhores bandas de rock da história, que mesmo com uma certa idade ainda estão aí mostrando o verdadeiro rock n’ roll para as mais novas gerações. Ah, é uma das bandas que toda a equipe aqui do Topanga gosta, sem exceções.


E pra não deixar a cultura nerd de lado, fica aí o vídeo que mistura boa música com um dos melhores filmes do ano: AC/CD - Shoot to Thrill, então escancare o volume e aperte o play... não irá se arrepender.




A Morte do Anti-Herói Americano



A equipe do Topangablog lamenta a morte de Harvey Pekar, famoso quadrinista americano. Pekar não era famoso por roteirizar histórias do Superman, Homem Aranha e afins, ele colocou sua própria vida nos quadros.


Pekar, que tinha 70 anos, escrevia desde 1976 a HQ American Splendor, revista que falava sobre seu cotidiano, e coisas da vida (o autor era muito pessimista e mal humorado). Até a sua luta contra o câncer foi toda repassada para as HQs.


Infelizmente o artista não era muito popular aqui no Brasil, onde teve pouquíssimas obras publicadas (dizem que tem material para ser lançado, talvez agora seja), e ficou mais conhecido ao ter sua vida contada no cinema, no filme-documentário Anti-Herói Americano, onde foi interpretado em partes por Paul Giamatti.

12 de julho de 2010

Tudo Acontece em Elizabethtown



Por Jardel Nunes


O fracasso é apenas uma falta de sucesso, mas um fiasco... um fiasco é um desastre em dimensões míticas. No caso de Drew (Orlando Bloom), que nos explica essa diferença logo no início do filme, o fiasco pode ser demonstrado em dinheiro... tanto dinheiro, que pode muito bem ser arredondado para um bilhão de dólares.


O fiasco de Drew na indústria calçadista (ele inventou um novo tênis, feio pra burro) iria fazer dele uma piada nacional na semana seguinte, quando fosse decretada a falência da empresa. Então, com uma faca afiada e uma bicicleta ergométrica, ele resolve tirar a própria vida... mas aí fica sabendo que seu pai acaba de falecer, e terá que atravessar os EUA em direção a pequena Elizabethtown (cidade natal do pai) para buscar o corpo, e trazê-lo para Oregon, onde a família mora.


Ao chegar na pequena cidade, Drew acaba se deparando com centenas de pessoas que amavam seu pai e queriam que o enterro fosse feito ali mesmo. Tios, tias, primos, todos muitos hospitaleiros e excêntricos. Além de conhecer a “maluquete” aeromoça Claire (Kirsten Dunst), que ajudará Drew a sair do momento difícil com uma longa conversa telefônica e olhares do amanhecer.


O diretor Cameron Crowe (do ótimo Quase Famosos) faz de “Elizabethtown” uma mistura de drama familiar com comédia de absurdos. Em certas cenas o dialogo é triste, mas ao fundo acontece alguma coisa que é impossível não rir... como é comum nos filmes do diretor, a trilha sonora é marcante, seja ela como simples “música de fundo” ou tomando o papel principal, quando a banda do primo de Drew faz um show no velório.


Apesar de ter a cena sempre roubada pela carismática Mary, ops, Kirsten Dunst, Orlando Bloom (que é um ator daqueles de trabalho totalmente discutíveis) se comporta bem em cena, totalmente passional e deixando um pouco de lado a alcunha de galã das menininhas... mas vale destacar Susan Sarandon (a mãe de Drew), que quase não aparece durante todo o tempo, mas faz uma espécie de stand-up comedy sensacional ao final do longa.


Apesar de ter gostado muito do filme, um aspecto me desagradou bastante (aposto que o Diego vai dizer que eu sou um chato). O DVD que eu olhei apresentava o formato de imagem 4:3, ou fullscreen... quando um formato widescreen caberia muito melhor para a bela fotografia de várias cenas do filme, inclusive a viagem orientada de Drew pelos EUA... uma pena.


9 de julho de 2010

Questão de Opinião?

Por Diego Alves

Opinião... Ela não é sempre válida e às vezes eu acho inaceitável.

Eu não gosto de Lost, tentei olhar e não consigo gostar, mas tenho meus argumentos válidos (não vou colocar aqui pra não fugir do assunto). Por alguns motivos o Jardel achou que Viagem Maldita podia ser melhor aproveitado e comentou esses pontos comigo, isso é uma questão de opinião (o filme é ótimo Jardel). Quando eu falo pro Giba: “Porra, Estética é a melhor série que existe!”, e ele balança a cabeça discordando silenciosamente, eu sei que se nós discutíssemos o assunto, ele teria argumentos válidos pra não gostar.

Agora, querem ver quando não é válida, quando não aceito que me venham saindo pela tangente... “Ahh é minha opinião, todo mundo pode ter uma né?”
Não, não pode.

Meu colega, que sentava do meu lado, me chama, e mostra um DVD:
- Diego, eu loquei esse filme final de semana, se tu quiser copiar, mas já vou avisando, não vale o CD onde foi impresso.
Eu me viro e o filme em questão é: Onde os Fracos não tem vez.
Quando perguntei por que essa opinião sobre o filme, esse meu amigo só me respondeu que “nada a ver aquela arma que o feioso usava”. Vou dizer uma coisa. Isso não é uma questão de opinião válida porra, não teve nenhum tipo de argumento fundamentado nem nada. Então quando a pessoa ignora um assunto, ou uma arte, não vem cagando pela boca a porra da questão de opinião, vocês não acham?

Pra terminar, mais um exemplo, por sinal o que me deu a idéia do post.
Nessa copa miserável e xexelenta, que de bom só nos trouxe a propaganda do Enganíslon, e a Larissa Riquelme, ainda tínhamos que aguentar a merda do Central da Copa, um programa que dava no intervalo dos jogos, e ao final deles. Inútil, sem graça, sem conteúdo e com convidados expondo opiniões tão boas e inteligentes quanto as do Zé do Trago, que fica no boteco perto da minha casa o dia todo resmungando algo sobre a falta do Ronaldinho Gaúcho.

Eis que em um destes intervalos eu estava no banheiro e ouço o apresentador Thiago Leifert anunciando o próximo convidado. Nas palavras dele “um gênio da música brasileira”. Fiquei curioso, quem será? Do uma balançada inútil, afinal o último pingo é da cueca, e vou ver quem é o dito.
ERA O LATINO!!!!!!!
Minha cara quando vi “o gênio da música brasileira”.
Latino pode ser considerado uma questão de opinião como gênio da música brasileira?
Ahh tá bom, aproveita e vai pra merda.

8 de julho de 2010

Estréias da Semana


Shrek Para Sempre

Aventura, Livre

Direção: Mike Mitchell.

Vozes originais: Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy.

Duração: 90 min.


Almas à Venda


Drama, 10 anos
Direção: Sophie Barthes.

Elenco: Paul Giamatti, Emily Watson, David Strathairn.

Duração: 101 min.

Veja um texto sobre o filme AQUI.


15 Anos e Meio


Comédia, 14 anos
Direção: François Desagnat e Thomas Sorriaux.
Elenco: Daniel Auteuil, Juliete Lamboley.
Duração: 97 min.

Obs.:Somente em SP


Fonte: Omelete

7 de julho de 2010

The IT Crowd


Por Jardel Nunes

As Indústrias Reynholm são uma grande corporação que tem a sede localizada em um belo prédio no centro de Londres. Grandes salas, arquitetura moderna e cada escritório tem uma linda vista da cidade... agora pegamos o elevador e vamos descer até o porão imundo, escuro, sem ventilação e totalmente bagunçado da Reynholm. É nesse ambiente que funciona o IT (information technology), a assistência técnica para os computadores da empresa.

É ali que trabalham Roy (Chris O'Dowd, conhecido pelo papel em Os Piratas do Rock) e Moss (Richard Ayoade)... e como o chefe (Chris Morris) mesmo diz: são completos nerds!! A série começa quando Jen (Katherine Parkinson) é contratada para chefiar o IT e facilitar o relacionamento dos dois técnicos com o resto do pessoal da empresa, já que os dois são sempre zoados pelo restante dos funcionários e não estão nem aí para os pedidos de socorro com computadores estragados.

O seriado britânico, feito pelo Channel 4, usa um humor bem típico da terra da rainha. Com situações absurdas, quase nonsenses, vergonha alheia e personagens completamente exagerados e caricatos, como o personagem Richmond (Noel Fielding), um gótico que vive em uma pequena sala ao lado do IT. Além de explorar muito bem o talento cômico do trio principal...

Apesar de existir apenas 20 episódios da série até agora, The IT Crowd já está em sua 4ª temporada (6 episódios por temporada, e a 4ª temporada está sendo exibida), mas não é muito famosa aqui no Brasil, onde é exibida no canal da Sony. Mas fica a dica, de uma boa série que provavelmente vai lhe arrancar boas risadas...

5 de julho de 2010

O Golpista do Ano



Por Jardel Nunes


Steven Russel (Jim Carrey) era um bom homem, bom cristão, bom profissional, bom pai, bom marido... mas espera, ele já não dava o mesmo interesse de antes aos sermões religiosos da esposa, e nem a mesma atenção na cama. Aliás, descobrimos que Steven trabalhou vários anos como policial para poder mexer nos registros e encontrar sua mãe biológica, que o entregou para adoção, mas ficou com os outros dois filhos.


Além do abandono materno, tem outro motivo para Steven estar assim: sua saída do armário, sim, Steven é gay... gay, gay, gay, gay, como ele mesmo diz. E quando resolve viver essa nova e extravagante fase de sua vida ao lado no namorado Jimmy (Rodrigo Santoro, com uma participação pequena, mas muito boa), ele descobre que ser um gay chique é muito caro.


E aí começam seus trambiques para aumentar a renda. Mas logo é pego e enviado para a prisão. Lá ele conhece Phillip Morris (Ewan McGregor), alguém totalmente ao oposto dele: Steven é enérgico, trapaceiro, vive enganando todos, enquanto Phillip é tímido, foi usado por várias pessoas e por isso está na cadeia. Sim, Phillip também é gay, uma “bichinha loira de olhos azuis”, segundo suas próprias palavras...


O relacionamento dos dois, uma paixão ardente, com direito a beijos e carinhos explícitos, envolve o resto do filme. Com Steven trabalhando em grandes empresas, fingindo ser hétero, e faturando alto para dar uma vida de luxo ao namorado que fica em casa se deliciando com doces que trazem frases de amor (uma das melhores cenas do filme)...


O Golpista do Ano é um filme forte, e provavelmente irá ser um fracasso no Brasil... o título nacional, que só exalta uma pequena parte do filme deve atrair um público errado aos cinemas (o título original é “I Love Phillip Morris”, muito mais adequado). E apesar de algumas boas cenas de comédia, quase sempre usando o talento de Carrey, o que se destaca são as cenas entre o “casal” (tem até a cena de um deles correndo atrás do ônibus que leva o amado embora), e o incrível talento de McGregor.