Por Jardel Nunes
O filme que conta a vida do mais famoso médium brasileiro, dirigido por Daniel Filho e com vários atores globais no elenco, é um bom exemplo da maioria dos filmes feitos no Brasil nos últimos anos: caça-níquel, usando a vida de alguém famoso para levar o público aos cinemas por se identificar com o personagem, e assim dar espaço para a realização de um filme sem atrativos, e feito “encima das coxas”...
Não pensem que fui ao cinema já com uma má idéia sobre o filme, pelo contrário... tinha visto algumas críticas bem positivas e fui na esperança de apreciar o longa, o que aconteceu nos primeiros minutos de projeção com as cenas de bastidores do programa Pinga-Fogo, onde Chico Xavier seria entrevistado por várias pessoas ao vivo em rede nacional...
As cenas são boas, muito boas até... bons ângulos de câmera, trilha, tudo OK! O problema começa quando depois de uma pergunta somos levados até a infância de Chico... lembra dos filhos do Francisco e de Lula? É a mesma história de novo, só coloque alguns toques espíritas... e depois vem a adolescência e mais espiritismo (com direito a exorcismo até...) etc, etc...
Aquele cuidado com as cenas, que me chamou atenção logo de começo, infelizmente se retém apenas nas cenas do Pinga-Fogo... todas as demais são descuidadas, desleixadas e algumas chegam a ser ridículas, como a conversa de Chico com seu guia Emmanuel à frente de uma cachoeira.
Além dos pontos já citados, tira-se de bom a interpretação de Nélson Xavier, que faz Chico na velhice (aliás, a semelhança entre o ator e o médium ajuda muito nisso) e a engraçada participação de Ailton Graça como um passageiro que reconhece Chico em um turbulento avião, essa, talvez seja a melhor cena do filme...
Sua avaliação segue o mesmo caminho das outras que eu li. Um filme que se segura com as forças do mito que foi construído sobre o nome Chico Xavier.
ResponderExcluirNão é um filme que eu pretenda assistir - não pelas críticas negativas, mas porque o tema não me agrada. Dentre os "Xavier", prefiro o Charles e seus X-Men, haha.
Abraço.
Me surpreendeu. Bom filme. =]
ResponderExcluirAh! Deixa eu aproveitar pra te dizer o que site FUNtástico!, o qual eu sou o editor-chefe, está com uma promoção relâmpago do filme Quincas Berro D'água. Os 4 primeiros que responderem corretamente a uma pergunta, levam pares de ingressos pra pré-estreia em São Paulo e no Rio de Janeiro. Tô indicando pro pessoal dos blogs que eu conheço.
Dá uma conferida lá: http://www.funtastico.com.br/2010/04/promocao-quincas-berro-dagua/
Ah, eu quero ver. Pode até eque seja ruim mesmo, mas me interessei pela história, eu ia ver no domingo, mas se eu visse não ia poder ver Alice :s
ResponderExcluirNão tenho o menor interesse em ver este filme. Realmente, me parece mais um longa caça-níqueis, fazedor de marcas. Acho que o cinema brasileiro precisa urgentemente evoluir (tanto como linguagem quanto como arte).
ResponderExcluirMateus, também prefiro o Charles Xavier.. de longe! hehe
ResponderExcluirAnderson, valeu pela indicação do concurso mas, infelizmente eu sou do RS e não poderia concorrer.
Mas, to seguindo o Funtastico no twitter, muito legal o site... já li várias coisas por lá.
Mirella, só não diga que eu não avisei hehehe. É legal isso, se você acha o tema interessante, vá, assista ao filme e depois volte e de o seu parecer pós filme aqui ou poste no seu blog que eu vou lá ler com toda a certeza... é sempre bom ter várias visões diferentes.
Jenifer, o cinema brasileiro tem salvação... é só se livrar dos temas recorrentes e ter boas idéias. Aqui no sul mesmo, na RBS (filial da Globo) são exibidos vários curtas metragens em festivais na TV aberta, e te digo, tem muita coisa boa ali... além de seriados, como A Família Brasil.
Não é porque sou gaúcho, e tenho muito orgulho disso, mas aqui tem uma indústria muito interessante de cinema. É só olhar o Jorge Furtado e seus filmes conhecidos no país todo e suas produções para a rede Globo, como por exemplo Decamerão, que era ótimo.
Abraços, obrigado e até