Por Jardel Nunes
Terry Gilliam é um dos diretores mais controversos e pessoais da indústria cinematográfica dos últimos tempos, também é fato que ele talvez seja o cineasta mais azarado da história (é só ver o ótimo documentário Lost In
A história do homem que fez um pacto com o diabo em troca da vida eterna, e depois de 1000 anos fez outro para virar mortal novamente e poder cortejar a mulher de seus sonhos, pode parecer estranha e totalmente confusa a primeira vista... afinal, o diretor emprega todo seu estilo narrativo, com cenas esquisitas, caricatas e quase teatrais... o segundo pacto dizia que se Parnassus (Christopher Plummer) tivesse um filho ou filha com sua amada, o diabo (Tom Waits) pode pegar a “criança” para si no aniversário de 16 anos da mesma...
Faltando 3 dias para os 16 anos de Valentina (Lily Cole), o diabo aparece novamente e oferece uma última aposta a Parnassus: o primeiro que conseguir 5 almas fica com a menina... ao mesmo tempo aparece Tony, que acaba entrando e modernizando a trupe de Parnassus, na tentativa de conseguir as almas de 5 pessoas, que devem cruzar o espelho, onde verão um mundo totalmente diferente, fantástico e imaginativo...
Como todo mundo deve lembrar, este é o filme que Heath Ledger (que interpreta Tony) estava fazendo quando morreu, e que acabou deixando incompleto (diretor azarado, lembra?). Só que Gilliam contornou o problema brilhantemente substituindo Ledger em algumas cenas por Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel... já que ao entrar no espelho, cada um pode ser o que quiser, porque não mudar de corpo?
Apesar de Farrel aparecer mais tempo em cena, ele é o mais fraco dos três novos atores, e o único que não lembra em praticamente nada Ledger... Johnny Depp e Jude Law encarnam o personagem como se fossem o ator original, com movimentos e tom de voz idênticos... sinceramente, quase não percebi quando Depp entrou em cena usando uma máscara...
Além de grandes atuações e das críticas sociais que Gilliam sempre coloca em seus filmes (aqui ele brinca com a história de dias politicamente corretos), a outra virtude dos filmes do diretor salta aos olhos: o visual fantástico... o mundo por trás do espelho é incrivelmente belo, sensacional e muito detalhado. Com um visual fantástico e uma história aparentemente confusa, O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus é uma obra que deve ser vista por todos os adoradores da sétima arte... e ainda é uma grande homenagem a um ótimo ator que teve uma carreira curta... como diz ao final do filme: “Um filme de Heath Ledger e amigos”
O cara fez OS 12 MACACOS (melhor filme de ficção sem quase usar ficção) e fez MEDO E DELÍRIO, filme que talvez só eu e o Jardel gostamos.
ResponderExcluirO cara é bom.
Concordo com quase tudo. A crítica à sociedade politicamente correcta e o visual fantástico e um imaginário inigualável do filme é espectacular.
ResponderExcluirNão concordo quanto a Colin Farrel. Penso que ele foi uma boa surpresa no filme...
Abraço
Cinema as my World
Gosto mto deste esitlo do Terry Gillian de fazer filme. Sempre usando fórmulas novas, inovando tanto visualmente quanto em suas histórias. Estou mto ansioso para ver O Imáginário, principalmente por este visual do longa e pelo excelente elenco. É aquele tipico filme que sei q vai me surpreender positivamente. Grande abraço Jardel.
ResponderExcluirVisitem
www.cinemaniac2008.blogspot.com
Olha eu gostei da história, pensei que fosse bem infantil, mas agostei, vou conferir na próxima semana. Abraços
ResponderExcluirPretendo vê-lo esta semana ainda! Espero que seja tão bom quanto dizem!!!
ResponderExcluirA HORA DO PESADELO (Crítica) ->http://cinema-em-dvd.blogspot.com/
Poxa, não sei quando terei a oportunidade de assistir a este filme no cinema de minha cidade. Mesmo com todos os esforços do comite que organiza o cinema, é meio complicado manter a programação de uma cidade de interior, com uma única sala de projeção, atualizada. Mas estou realmente ansiosa por este filme. Não li a sua crítica por inteiro, porque estou tentando não ler nada sobre o filme para não ter o que esperar. Rs
ResponderExcluirMas a parte que li já me indica que o filme é bom em sua opinião.
Abraços
o Terry Gillian era do Monty Python isso ja diz tudo e da credencial pra quaquer coisa.
ResponderExcluirAcredito que mais alguém deva gostar de Medo e Delírio Diego... Será? Alguém ai gosta?? hehe
ResponderExcluirNekas.. bem, eu nunca gostei do Colin Farrel, mas achei a atuação dele a mais disclicente e fraca entre os substitutos... Mas essa é a minha opinião, e é legal que outras pessoas falem a sua.
thicarvalho, realmente esse estilo único que o Gilliam emprega nos seus filmes me deixa maravilhado também...
Mirella, ele é um filme fantástico, mas não tem nada de infantil... espero que goste.
Khalil, se você gosta do estilo do diretor, provavelmente vai adorar... agora, se não gosta, provavelmente não vai hehe. Gilliam, ame ou odeie.
Daniela, sinceramente, desista de esperar por esse filme no cinema... cidades com uma sala de cinema só acabam só passando filmes que tenham público garantido (mas que não quer dizer que sejam bons né)... Quem sabe sai o DVD logo..
Giba... credencial ele tem.. o problema é o dinheiro, que sempre falta né.