Por Jardel Nunes
O fracasso é apenas uma falta de sucesso, mas um fiasco... um fiasco é um desastre em dimensões míticas. No caso de Drew (Orlando Bloom), que nos explica essa diferença logo no início do filme, o fiasco pode ser demonstrado em dinheiro... tanto dinheiro, que pode muito bem ser arredondado para um bilhão de dólares.
O fiasco de Drew na indústria calçadista (ele inventou um novo tênis, feio pra burro) iria fazer dele uma piada nacional na semana seguinte, quando fosse decretada a falência da empresa. Então, com uma faca afiada e uma bicicleta ergométrica, ele resolve tirar a própria vida... mas aí fica sabendo que seu pai acaba de falecer, e terá que atravessar os EUA em direção a pequena Elizabethtown (cidade natal do pai) para buscar o corpo, e trazê-lo para Oregon, onde a família mora.
Ao chegar na pequena cidade, Drew acaba se deparando com centenas de pessoas que amavam seu pai e queriam que o enterro fosse feito ali mesmo. Tios, tias, primos, todos muitos hospitaleiros e excêntricos. Além de conhecer a “maluquete” aeromoça Claire (Kirsten Dunst), que ajudará Drew a sair do momento difícil com uma longa conversa telefônica e olhares do amanhecer.
O diretor Cameron Crowe (do ótimo Quase Famosos) faz de “Elizabethtown” uma mistura de drama familiar com comédia de absurdos. Em certas cenas o dialogo é triste, mas ao fundo acontece alguma coisa que é impossível não rir... como é comum nos filmes do diretor, a trilha sonora é marcante, seja ela como simples “música de fundo” ou tomando o papel principal, quando a banda do primo de Drew faz um show no velório.
Apesar de ter a cena sempre roubada pela carismática Mary, ops, Kirsten Dunst, Orlando Bloom (que é um ator daqueles de trabalho totalmente discutíveis) se comporta bem em cena, totalmente passional e deixando um pouco de lado a alcunha de galã das menininhas... mas vale destacar Susan Sarandon (a mãe de Drew), que quase não aparece durante todo o tempo, mas faz uma espécie de stand-up comedy sensacional ao final do longa.
Apesar de ter gostado muito do filme, um aspecto me desagradou bastante (aposto que o Diego vai dizer que eu sou um chato). O DVD que eu olhei apresentava o formato de imagem 4:3, ou fullscreen... quando um formato widescreen caberia muito melhor para a bela fotografia de várias cenas do filme, inclusive a viagem orientada de Drew pelos EUA... uma pena.
Agradecimento ao Mateus, do Cinema para Desocupados. Depois de ler a opinião dele sobre esse filme que passou despercebido por mim, que resolvi assisti-lo.
ResponderExcluirEspero que alguém olhe ele por minha culpa.
Vou deixar passar ai o negócio do fullscreen, porque vou tocar o pau no filme.
ResponderExcluirRuim, não consigo gostar deste tipo de filme, do tipo "drama romântico" Amor Sem Escalas foi bem ruim também, o único que se salva deste tipo é o 500 Dias Com Ela.
Abraços.
E aê, Jardel! Agradeço pela citação, hehe. Eu acho esse filme um dos mais subvalorizados da carreira de Crowe. Um ótimo filme, pouco visto.
ResponderExcluirAlém da Susan Sarandon, que você citou, a participação do Alec Baldwin é engraçadíssima também.
Abraço!
Sempre tive vontade de assistir esse ai...todo mundo sempre me falou muito bem dele...VOU PROCURAR! obrigado pela recordação!
ResponderExcluirHahaha Diego.. ta deixada a tua opinião, mas aposto que tu se indgno com a história do fullscreen...
ResponderExcluirDe nada Mateus, foi você que deu a dica, merece a citação. Ah, me esqueci do Baldwin na hora de escrever, mas a participação dele é muito boa mesmo.
Tiago, assista, eu acho que vale a pena, e depois fale sobre lá no Cinema Detalhado, que estaremos por lá pra comentar.
Abraços