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5 de março de 2010

Amor sem Escalas


Por Jardel Nunes

Daqui a dois dias serão revelados os vencedores do maior prêmio da indústria do cinema... E depois de já ter comentado aqui no blog sobre quatro (Avatar, Distrito 9, Up – Altas Aventuras e Bastardos Inglórios) dos dez filmes indicados como melhor longa-metragem do ano, hoje é a vez de outro indicado: Amor sem Escalas, que foi
lembrado em seis categorias...


O filme segue Ryan Bingham, um solteirão de meia idade, boa vida, que passa praticamente todos os dias do ano voando de um lado pro outro nos EUA. Seu trabalho é fazer o que os chefões de empresas temem: demitir pessoas... e acreditem, Ryan é ótimo nisso, ele já tem todos os métodos e sabe exatamente como reagir em cada situação... afinal, uma pessoa sendo demitida depois de anos de trabalho pode ter as mais diversas reações, xingar, chorar, ameaçar suicídio, entre outras tantas...


Mas os dias de viajante de Ryan estão contados... seu chefe quer implantar um sistema de demissão por videoconferência que foi idealizado por Natalie, uma novata que acaba de sair da faculdade, e irá fazer algumas viagens com Ryan para “pegar as manhas”... Os dois são totalmente opostos: Natalie quer formar família e ter um lar, enquanto Ryan prefere viver viajando com sua pequena bagagem, que é tema até de uma palestra feita por ele para viajantes...


Mas essa relação aos poucos faz Ryan repensar seus relacionamentos, tanto com Alex (sua “namorada” de check-ins), quanto com sua família, já que sua irmã mais nova está para se casar... é uma ótima oportunidade para se redimir de tanto tempo afastado e arrumar uma companheira estável...


Mais do que as boas atuações do trio principal formado por George Clooney (Ryan), Anna Kendrick (Natalie) e Vera Farmiga (Alex), o diferencial de Amor sem Escalas é mesmo Jason Reitman, que dirige e assina o roteiro... alguns diálogos são ótimos (o protagonizado por Clooney e J.K. Simmons, que interpreta um dos demitidos, é incrível), e a experiência de Reitman em filmes como "Obrigado por Fumar" e "Juno", não deixa o longa cair na clássica fórmula da comédia romântica quando tudo apontava para isso, dando uma nova perspectiva da história...


Aliás, é difícil caracterizar o filme em um gênero, apesar do título nacional tentar enquadrá-lo como mais uma comédia romântica... é uma comédia sim, mas na maior parte do tempo o filme tem um clima dramático, melancólico, deixando o humor para algumas poucas cenas físicas e para as frases irônicas lançadas pelo protagonista... no final, o próprio emprego de Ryan é uma grande irônia... ele, assim como as pessoas que demite, também é um escravo de seu trabalho e não saberia o que fazer sem ele...


2 comentários:

  1. Provavelmente, o vencedor da categoria de melhor roteiro adaptado!

    Cinema para Desocupados

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  2. É Mateus, o roteiro de Amor sem Escalas é ótimo mas... já sabemos que foi esquecido na cerimônia né, eu ainda não assisti Preciosa então não posso dizer que foi uma injustiça ou não...

    Abraço

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