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30 de junho de 2010

Toy Story 3


Por Jardel Nunes

Há alguns anos a mesma coisa se repete: lá pelo meio do ano é lançado o filme da Pixar, e ai aparecem os dois grupos: aqueles que acreditam na empresa, e esperam mais uma obra prima, e aqueles que esperam o primeiro deslize do estúdio que até hoje não errou... mas para a euforia do primeiro grupo, ainda não é esse ano que os fãs sairão da sala de projeção desapontados.

Toy Story já carrega uma bagagem de vários anos, 15 para ser mais exato, e sempre foi um marco para os Estúdios Pixar. Lá em 1995, o filme ficou marcado por ser a primeira parceria entre Disney e Pixar, e também pelo pioneirismo das animações totalmente computadorizadas. O segundo, lançado 4 anos depois, foi a primeira continuação de um filme Pixar... e com o lançamento deste ano, se fecha a primeira trilogia do estúdio.

No novo filme, passaram-se 10 anos, Andy está com 17 anos e prestes a ingressar na universidade. Não era de se esperar que ele ainda passasse os dias imaginando altas aventuras com seus velhos brinquedos, e chegou a hora da decisão: quais irão ser jogados fora, quais vão para o sótão, e será que algum vai para a universidade? Então acontece um grande engano e os brinquedos vão parar em uma creche, onde são maltratados pelos pequenos, e agora Woody, Buzz e os demais precisam arrumar um jeito de voltar para casa...

Assim como os últimos filmes da Pixar, Wall-E e UP, Toy Story 3 é mais um filme para adultos disfarçado como um filme infantil... claro, as crianças também irão adorar o filme, com suas grandes cenas de aventura, como a sequência que abre o filme (mais uma das brincadeiras de Andy). Mas é só surgir a próxima cena, uma espécie de arquivo familiar, com uma conhecida canção como trilha, para as “crianças grandes” já segurarem as lágrimas... ou rirem como nunca com uma hilária sequência em espanhol.

Nota-se que toda a animação foi pensada para os antigos fãs da série, pequenos detalhes que remetem aos outros filmes, e até o quase final trágico em um lixão, que vai ficar marcada como uma das cenas mais tristes e lindas dos últimos anos... tenho a impressão que a minha geração, que viu o 1º filme ainda pequeno, vai se identificar muito mais com a história deste 3º. Afinal, vimos todo esse mundo surgir e crescer juntamente com nós, para agora (que já somos adultos) vermos o seu fim...

Toy Story 3 é um ótimo filme, mas não pode ser considerado o melhor dos 3... a trilogia dos brinquedos se completa, formando uma grande obra prima dos estúdios Pixar. É como se todos os três já tivessem sido imaginados lá em 1995 e lançados aos poucos, para o impacto ser maior em seus fãs... fazendo uma pequena comparação: o que está em cartaz nos cinemas é O Retorno do Rei da Pixar...


25 de junho de 2010

Fúria de Titãs – O Remake


Por Jardel Nunes

Remake, remake, remake... é a palavra mais dita em Hollywood nos últimos tempos (reboot também está na moda ein). Mas me pergunto aqui: Porque essa fixação em refilmar grandes clássicos? Falta de criatividade? Ainda estamos sofrendo com a greve de roteiristas que aconteceu algum tempo atrás?

Agora, logo após assistir ao “remake” de Fúria de Titãs me veio outra pergunta a cabeça: Porque vender certos filmes como sendo remake? Desse modo, o novo filme já nasce com uma bagagem enorme, ainda mais quando o filme original fez muito sucesso e tem seus fãs... e acontece casos como esse Fúria de Titãs, um filme pipoca razoável. Mas olhado como um remake do Fúria de Titãs de 81, se torna muito fraco.

Digo isso porque o novo é muito diferente do original, talvez seria melhor dizer que ele é baseado, ou partiu de uma mesma idéia, e não dizer que é uma refilmagem... a história mostra o semi-deus Perseus (Sam Worthington) ajudando o povo de Argos a combater a fúria dos deuses
, que estão revoltados com os humanos que não os respeitam mais. Hades (Ralph Fiennes) aproveita a oportunidade para também se vingar de seu irmão Zeus (Liam Neeson), que o traíra no passado, mandando-o para as profundezas da terra.

Hades aparece para o povo de Argos e ameaça soltar o Kraken em 10 dias, e se a bela princesa Andrômeda não for oferecida em sacrifício, o monstro ira destruir a cidade. Ex
istem algumas semelhanças com o original, mas a jornada do herói, assim como sua motivação, são bem diferentes... inclusive o interesse romântico (tem que existir isso sempre né?), antes era Andrômeda, agora é a semi-deusa Io (Gemma Arterton)...

E já que o roteiro e diálogos não são o forte do filme (cada palavra saída da boca de Perseu é uma frase de efeito “tosca”), vamos a pancadaria. E nisso o longa dirigido por Louis Leterrier (que dirigiu o último filme do Hulk) é muito bom... os efeitos são ótimos e as batalhas são abundantes e bem interessantes, tanto que as quase duas horas de filme passaram sem nenhum cansaço.

Então, se você viu o trailer (que foi um dos melhores do ano até aqui) e se interessou em assistir Fúria de Titãs, aproveite enquanto ainda está passando nos cinemas. É na telona que o filme passa bom impacto, em DVD já não vai ser a mesma coisa e provavelmente seus defeitos ficaram bem mais aparentes.


24 de junho de 2010

Estréias da Semana


Brilho de uma Paixão

Romance, 14 anos
Direção: Jane Campion.
Elenco: Abbie Cornish, Thomas Sangster, Paul Schneider.
Duração: 119 min.


Flor do Deserto

Drama, 14 anos

Direção: Sherry Hormann.
Elenco: Liya Kebede, Sally Hawkins, Timothy Spall.
Duração: 127 min.

Fonte: Omelete

23 de junho de 2010

Três é Demais


Por Jardel Nunes

Batizado no Brasil com o mesmo título de uma série de TV dos anos 80, Rushmore (título original) é o segundo filme da carreira de Wes Anderson, um dos diretores mais “diferentes” do cinema atual... seus filmes tem um estilo inconfundível, com planos estáticos e personagens sem emoções. São os detalhes e o roteiro (sempre escrito pelo próprio diretor em parceria com o ator Owen Wilson) que tornam seus longas especiais.

Rushmore conta a história de Max Fischer (Jason Schwartzman), um adolescente com bolsa de estudos na melhor escola da cidade (a tal Rushmore), mas que não consegue boas notas por culpa das várias atividades extra-curriculares que se envolve e chefia. Até o dia que conhece a Sra. Cross (Olivia Williams), uma professora de pré-escola a pouco viúva, e se apaixona por ela. Mas Herman Blume (Bill Murray), um ricaço em crise de meia idade, também se apaixona pela bela professora...

Por um período de tempo, os dois concorrentes ao coração da professora a disputam, com as maneiras mais absurdas, destruindo bicicletas e lançando enxames de abelhas. Mas o relacionamento entre o maduro Max e o insatisfeito Herman o mais interessante do filme... assim como toda a vida do aluno, com sua arrogância e planos. Talvez, não seria paixão o que Max sente pela professora, e sim uma espécie de obsessão, assim como a que tem pela escola...

O roteiro simples mas bem escrito, os detalhes e referencias espalhados pelas cenas (sempre preste atenção ao que se passa no fundo, daí saem algumas das melhores piadas) e as boas atuações são sempre o forte dos filmes de Wes Anderson, assim como as músicas da trilha, bem colocadas... o certo é que, se você já viu um dos outros filmes do diretor e gostou, provavelmente irá adorar Três é Demais. Mas se não gostou, ou não gosta do estilo de filme, provavelmente não vai será esse que vai lhe fazer mudar de idéia...

21 de junho de 2010

O Segredo dos Seus Olhos


Por Jardel Nunes

Após a aposentadoria, sozinho e com uma vida totalmente vazia, Benjamin Esposito (Ricardo Darín) decide escrever um romance sobre um antigo caso que investigou quando trabalhava como oficial de justiça... uma jovem fora estuprada e morta dentro de sua própria casa, e ao conhecer o apaixonado marido da vitima, Esposito decidiu que resolveria o caso a todo custo.

Nas investigações, Benjamin tem a ajuda de seu ajudante e melhor amigo Pablo Sandoval (Guillermo Francella), e de sua chefe Liliana (Carla Quevedo), por quem é apaixonado (e mais ou menos correspondido)... o amor que sente, mas não pode expressar é totalmente o oposto de todas as demonstrações que Morales (Pablo Rago) faz pela esposa falecida.

Algumas cenas poderiam ser um pouco mais curtas, deixando o filme mais ágil, mas esse é único porém que coloco sobre “El Secreto de sus ojos”, o grande ganhador do último Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O longa, que podia ser um choroso drama, ganha um clima tenso e sombrio nas mãos do diretor Juan José Campanella, com suas cenas escuras e câmeras bem colocadas, que criam o suspense para cada revelação do filme.

A cidade de Buenos Aires, onde a maior parte do filme foi rodada, colabora pra isso. Assim como a cidade, o longa tem um certo estilo europeu... outros pontos que precisam ser ressaltados: ótimos diálogos, elenco e um roteiro certeiro, que desenvolve muito bem seus personagens ao longo da história e ainda nos reserva um surpreendente final. Vale lembrar que o assassino é revelado antes da metade do filme, e mesmo assim o longa não perde nem um pouco sua graça. Já que essa é só uma das tramas.

Em tempos que tanto se fala da rivalidade entre Brasil e Argentina, O Segredo dos Seus Olhos mostra que nosso país está longe de conseguir o tão almejado Oscar, não que aqui não se faça ótimos filmes, como este AQUI, mas a velha fórmula de filmes sobre favela e pobreza não funciona... e, com certeza não tinha esse sentido mas, uma das melhores e mais importantes sequências de “O Segredo” ser rodada em um estádio de futebol, pode parecer uma provocação hermana para os mais nacionalistas...

18 de junho de 2010

Kick-Ass – Quebrando Tudo


Por Jardel Nunes


A pequena Hit Girl, uma menina de apenas 10 anos (a atriz Chloe Moretz tinha 11 nas filmagens), faz uma verdadeira chacina ao som da frenética Banana Splits dos The Dickies... enquanto a miúda corta pernas e esfaqueia bandidos, o herói que dá título ao filme (Aaron Johnson) somente grita apavorado “Mas que porra...”


A história do adolescente, nerd e viciado em quadrinhos, que se pergunta a razão de não existir heróis no mundo real, e acaba saindo para patrulhar as ruas com uma roupa de mergulho comprada no Ebay acaba de ser lançada em duas mídias simultâneas aqui no Brasil. Nem a HQ tinha sido completada, e Matthew Vaughn já estava fazendo a adaptação para as telonas de modo independente (o dinheiro foi arrecadado com um jantar, e até Brad Pitt tirou uns trocados do bolso pra ajudar), já que nenhum estúdio quis abraçar a violenta história...


Filme e HQ são praticamente iguais em seus começos, e apontam para direções diferentes ao longo da jornada do novato herói... algumas coisas acabam funcionando melhor no filme, outras nos quadrinhos, como a tão falada violência. O filme é violento, sim, mas depois de ver os quadros de Romita Jr., ele não parece tão “forte” assim. O vilão continua o mesmo, o mafioso Frank D'Amico (Mark Strong, que também é o vilão de Sherlock Holmes) e seu filho Chris/Red Mist (Christopher Mintz-Plasse, o Mclovin), mas em cada uma das mídias os personagens são construídos de maneiras distintas...


Mas talvez a mudança mais relevante fica em torno da vida amorosa do personagem... em certos pontos a história fica por demais romanceada, muito possivelmente para tentar atrair mais espectadores, e destoando do contexto geral da história que deveria ser realista,... Dave Lizewski (o Kick-Ass) se torna uma espécie de Peter Parker, e sua Mary Jane é Katie (Lyndsy Fonseca)... só faltou os poderes e responsabilidades...


Kick-Ass tem seus defeitos, mas ainda assim é um bom filme, principalmente para o público nerd. Referências a esse universo pop estão por toda a parte: revistas, youtube e até o clássico Batman de Adam West, inspiração de Nicolas Cage para compor o Big Daddy... se destacam algumas boas cenas, como a de Kick-Ass e Red Mist fazendo ronda em seu possante carro (hilário), e a cena descrita no primeiro parágrafo que mistura violência com humor.


Aliás, esse toque irônico é o que o filme tem de melhor, juntamente com a pequena atriz... Kick-Ass pode ser o personagem principal, a violência pode chamar mais a atenção do público masculino e tudo mais, mas quem realmente se destaca chutando bundas é a menininha da história...


17 de junho de 2010

Estréias da Semana


Kick-Ass - Quebrando Tudo

Ação, 18 anos

Direçao: Matthew Vaughn.
Elenco: Aaron Johnson, Mark Strong, Nicolas Cage, Chloe Moretz.
Duração: 117 min.


Toy Story 3


Aventura, Livre

Direção: Lee Unkrich.
Vozes originais: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles.
Duração: 113 min.


A Jovem Rainha Vitória


Drama, 10 anos

Direção: Jean-Marc Vallée.
Elenco: Emily Blunt, Paul Bettany, Miranda Richardson.
Duração: 105 min.


O Profeta


Drama, 18 anos

Direção: Jacques Audiard.
Elenco: Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif.
Duração: 155 min.


Patrick 1.5


Drama, 10 anos

Direção: Ella Lemhagen.
Elenco: Gustaf Skarsgård, Torkel Petersson, Thomas Ljungman, Annika Hallin.
Duração: 103 min.


Fonte: Omelete

16 de junho de 2010

Vingadores – A Queda


Por Jardel Nunes


Depois de alguns anos, voltei a ler quadrinhos a um tempo atrás, mais precisamente com a nova fase do Homem-Aranha, Watchmen e a Invasão Secreta (grande evento Marvel do ano passado)... mas no atual mundo das HQs tudo está muito interligado, para entender alguns detalhes que estão acontecendo nas revistas mensais é recomendado ter lido algumas histórias mais antigas.


Fazendo uma pesquisa sobre os Vingadores, vi que a atual fase do grupo de heróis começou lá em 2005, com “A Queda”... a história mostra o que seria o pior dia da história do super grupo, onde eles são atacados por todos os lados, de todas as formas e por quem eles nunca esperaram confrontar. Na real, a idéia do fim dos Vingadores proposta pela HQ, serve para terminar uma “era”, e preparar a equipe para as grandes sagas que viriam nos próximos anos, como a Guerra Civil, a Invasão Secreta e o atual Reinado Sombrio.


O roteiro da HQ, é do competente Brian Michael Bendis (que é o responsável pelos Vingadores até hoje)... a história é boa, e mesmo com a enorme quantidade de informações que o texto mostra (como a participação de todos os heróis que já foram Vingadores alguma vez na vida), a HQ tem um ritmo bem interessante e um certo ar de mistério... ai é que entra David Finch e seu belo traço. O desenhista trabalha muito bem as expressões dos personagens em momentos tensos, e apresenta lindas ilustrações de página dupla... Atenção especial para algumas páginas desenhadas por outros artistas, incluindo o lendário Jack Kirby.


Lançada originalmente no Brasil na revista Os Poderosos Vingadores entre setembro de 2005 e janeiro de 2006, a série foi relançada em 2008 em uma edição encadernada completa, por R$ 24,90 (preço de capa)... a edição é bem bonita, não tem capa dura, mas o papel do interior é muito bom, e ainda traz alguns extras: entrevista com Bends, algumas páginas comentadas por Finch (e seus esboços), capas originais e alternativas, uma hilária tirinha com o Hulk contando a história dos Vingadores e uma galeria de todas as capas dos gibis americanos, do 1 ao 500 (as capas são pequeninhas, mas é bem legal)...


Obs.: Pra quem se interessar, a edição ainda está disponível em algumas lojas virtuais, mas como eu não to recebendo patrocínio de ninguém “ainda”, não vou citar nenhuma aqui. Quem quiser, pode me enviar um e-mail (é só clicar na assinatura da postagem) que eu ficarei muito honrado em ajudar.


14 de junho de 2010

Perfect World – RPG de Raiz


Por Diego Alves

Hoje o assunto do post é sobre games. Eu sei que não é todo mundo que curte jogar, mas como o público de gamers são como os praticantes de sexo masoquista, fiéis e devotados, merecem sim, um post aqui no Topanga.

Estes dias tava de bobeira na “net”, pesquisando sobre jogos e achei Perfect World. Me interessei, baixei, joguei e viciei. Obs.:O game é totalmente free, então podem baixar a vontade na internet, que não estarão cometendo nenhum crime...
Pra quem curti RPG é um prato cheio e com sobremesa. É um daqueles RPGs de raiz, ambientado em uma época que lembra a idade média e começa com você caracterizando o personagem, da raça a cor e comprimento do cabelo. O jogo é apenas para ser jogado on-line, mas não requer um PC muito potente, e roda perfeito com uma conexão de 150kb, atual velocidade da minha 3G (chupa essa manga).

O que chama a atenção é a dimensão do jogo. O tamanho do território, a quantidade “absurda” de missões, armas, poderes, riquezas, a liberdade de escolher o que vai fazer, ou no que vai se especializar e evoluir, os monstros, os personagens, formação de clãs, enfim, é um puta jogo grande. Não é um jogo de poucas semanas não. O sistema de “câmeras” também é ótimo.

Outras características positivas são as interações com outras pessoas, não tem como isso não ocorrer, pois você vai precisar de ajuda uma hora. O jogo é totalmente em português e a quantidade de material na net sobre ele é bem abundante.

Uma curiosidade: Você pode se casar, lutar de cueca e montar uma rena de Natal. Eu disse que eram curiosidades, não que eram interessantes.

Bom, pra não deixar o post muito grande, e com informações técnicas, vou ficar a disposição para quem quiser tirar dúvidas, é só me enviar um e-mail (Para enviar um email para o Diego, ou para qualquer um que escreve aqui no Topangablog, basta clicar na assinatura da postagem, que se encontra logo abaixo do título). Fiquem a vontade.

11 de junho de 2010

Maldito Futebol Clube



Por Jardel Nunes


Inglaterra, 1974... a seleção inglesa cai nas eliminatórias para a copa do mundo, e um novo técnico é contratado, Don Revie (Colm Meaney), considerado o melhor técnico do país... mas para assumir a seleção Don terá que largar o Leeds United, time que treinou durante 13 anos, e pelo qual foi campeão de quase tudo...


Para esse lugar tão almejado, é contratado Brian Clough (Michael Sheen, dono da voz do Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas), um técnico novato que, juntamente com seu auxiliar Peter Taylor (Timothy Spall), levou o Derby County do fundo da 2ª divisão até o bicampeonato da 1ª em pouco tempo...


Com constantes idas e vindas no tempo, de 68 até 74, ficamos conhecendo toda a história de rivalidade entre Don e Clough, e boa parte da trajetória deles em seus respectivos times... Clough era adepto do futebol arte, jogadas bem feitas e muita emoção passada para seus jogadores, enquanto Don Revie jogava um futebol técnico e completamente desleal, verdadeiros hooligans em campo...


Dirigido por Tom Hooper, “Maldito F.C.” tem vários méritos: boa trilha sonora, uma ótima montagem entre cenas de arquivo e fictícias, boas atuações, e um ótimo protagonista... Michael Sheen incorporou perfeitamente toda a prepotência necessária para interpretar o falastrão técnico do Derby.


Baseado em fatos reais, esse ótimo filme britânico acaba de ser lançado diretamente em DVD aqui no Brasil, uma grande burrada da distribuidora, que poderia muito bem aproveitar o clima de copa do mundo para promover o filme... recomendado para aqueles que gostam do esporte, mas que não dispensam uma boa amostra da sétima arte.


10 de junho de 2010

Estréias da Semana


Esquadrão Classe A


Ação, 14 anos

Direção: Joe Carnahan.

Elenco: Bradley Cooper, Jessica Biel, Liam Neeson.

Duração: 125 min.


Cartas para Julieta


Romance, 10 anos

Direção: Gary Winick.

Elenco: Amanda Seyfreid, Gael Garcia Bernal, Vanessa Redgrave, Franco Nero.

Duração: 105 min.


Alguns Motivos Para Não se Apaixonar


Comédia, 14 anos

Direção: Mariano Mucci.

Elenco: Mariana Briski, Celeste Cid, Jorge Marrale.

Duração: 90 min.


A Última Música


Drama, 10 anos

Direção: Julie Anne Robinson.

Elenco: Miley Cyrus, Greg Kinnear.

Duração: 107 min.


Índia, Amor e Outras Delícias


Drama, 12 anos

Direção: Prathiba Parmar.

Elenco: Shelley Conn, Laura Fraser e Ronny Jhutti.

Duração: 94 min.


Plano B


Comédia, 12 anos

Direção: Alan Poul.

Elenco: Jennifer Lopez, Alex O´Loughlin, Eric Christian Olsen.

Duração: 104 min.


Fonte: Omelete

9 de junho de 2010

Dick Brave & The Backbeats – Dick This



Alguma vez você já pensou que tal música ficaria melhor em outro ritmo? Que tal rockabilly? Foi isso que o cantor alemão Sascha Schmitz fez ao inventar o alter ego Dick Brave, e liderar por dois anos os Backbeats, e lançando Dick This, o álbum que eu lhes recomendo hoje...

São clássicos da música mundial, Ray Charles, Pink, Louis Prima, Michael Jackson... todos no acelerado e contagiante ritmo surgido na década de 50, e difundido por Carl Perkins, Stray Cats, entre outros.

No álbum, que contém 17 músicas (e mais uma música escondida), os destaques são as versões de Walk This Way (Aerosmith), Give It Away (Red Hot Chili Peppers) e Complicated (Avril Lavigne)... infelizmente, não achei o Cd em nenhuma loja, mas existe alguns vídeos da banda no Youtube, e todas aquelas maneiras de se ouvir músicas hoje em dia. Então arrumem seus topetes...

8 de junho de 2010

Almas à Venda



Por Jardel Nunes


Todo mundo se lembra da Lacuna Inc., aquela empresa que oferecia o estranho serviço de apagar a pessoa indesejada de sua memória? Pois conheça a Depósito de Almas... para todos que estão com a alma cansada, pesada, a empresa garante que alivia tudo isso retirando a alma de seu corpo por um tempo... e você ainda pode alugar uma alma diferente, talvez de um poeta russo, ou de um famoso ator americano...


Atraído por essa idéia, Paul Giamatti (sim, o ator interpreta a ele mesmo no filme, ao maior estilo “Quero Ser John Malkovich”), que estava uma pilha de nervos por não conseguir atuar em uma peça, vai atrás desse serviço e extrai 95% de sua alma (os outros 5% são os essenciais para a pessoa viver, lembranças, etc) e a guarda em um recipiente na clínica...


Nessa altura da história surge a atriz russa, casada com um traficante de almas (!?), que quer ter a alma do Al Pacino para conseguir atuar em uma novela... e envia uma “mula” (mulher que faz o contrabando de almas) atrás da encomenda nos EUA, mas ela acaba roubando a alma de Paul Giamatti... e quando o Paul resolve colocar sua alma de volta, acaba tendo que ir até o país da vodka busca-la...


O absurdo roteiro escrito por Sophie Barthes, que também dirige o filme, funciona perfeitamente bem apesar da estranheza. Aos poucos tudo vai se encaixando para tornar “Almas à Venda” um dos filmes mais interessantes dos últimos tempos, juntamente com “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”... algumas sequências lembram muito o filme protagonizado por Jim Carrey, mostrando que a estreante diretora se inspirou e muito no longa.


O filme ainda conta com uma bela fotografia (as cenas na praia e no intenso inverno russo são lindas) e com inspiradíssimas atuações de todo o elenco, principalmente de Giamatti... ouso a dizer que o talentoso ator tem aqui a interpretação da sua vida, mas é confuso dizer isso já que ele está fazendo o papel dele mesmo... ou não...


7 de junho de 2010

Memórias de um Sargento de Milícias - Em Quadrinhos


Por Jardel Nunes


Se interessa por literatura brasileira, mas , assim como eu, é meio preguiçoso para ler livros? E se esses clássicos da nossa literatura estivessem traduzidos para a linguagem dos quadrinhos? Para quem não está acostumado com os termos da época e suas longas descrições, é uma alternativa muito boa...


Pois a editora Escala(em sua divisão educacional) fez isso com alguns livros, incluindo algumas obras de Machado de Assis (talvez o maior escritor nacional)... infelizmente, eu só li uma dessas HQs, a que dá título a esse texto, então as minhas impressões são baseadas somente nessa edição.


A revista é bem interessante, tem boa apresentação e usa papéis de boa qualidade, tanto na capa quanto no interior... a história é bem apresentada (eu não li o livro, mas segundo minha mulher que leu o original e a HQ, algumas falas são bem semelhantes), fácil de ler e bem fluente. O ponto fraco é a arte de Bira Dantas. Seu traço é interessante, meio caricato, mas parece que falta um pouco mais de cuidado com o contexto entre arte e roteiro... em certos quadros, a história mostra uma cena triste ou de dor, enquanto o personagem aparece com um sorriso no rosto.


O preço? A editora diz ser R$ 23,90... salgado para uma revista de 64 páginas, mas na banca estão vendendo por R$ 5,90, um preço bem aceitável para conhecer essa obra da nossa literatura.

4 de junho de 2010

O Lobisomem



Por Jardel Nunes


Hollywood estava carente de filmes clássicos nos últimos anos, principalmente no ramo do horror, terror com seus monstros tão conhecidos... a alguns anos todos os zumbis, vampiros, múmias e lobisomens que apareciam nas telonas já não causavam o mesmo impacto de antes, e ultimamente até estavam virando ícones teen, lugar para o qual eles definitivamente não foram criados...


Desde o antigo símbolo da Universal em sua abertura, “O Lobisomem”, remake do filme homônimo de 1941, nos mostra que veio nos contar novamente a história do homem-lobo da maneira que ela merece ser contada: de forma clássica. No filme, após ser informado por sua cunhada do misterioso desaparecimento de seu irmão, Lawrence Talbot (Benicio del Toro) volta ao castelo de seu pai (Anthony Hopkins) afim de investigar o ocorrido, e no meio das investigações acaba sendo mordido pela mítica criatura...


Após algum tempo adoecido, ele acorda totalmente recuperado e começa a se transformar e aterrorizar o vilarejo, o que chama a atenção da Scotland Yard, que manda o Inspetor Aberline (Hugo Weaving) para examinar os ocorridos, e prender o responsável.


Tirando alguns pequenos detalhes no roteiro, e um desnecessário embate de lobisomens (por sorte, a disputa não dura nem 2 minutos), só tenho elogios ao filme... as atuações são ótimas, principalmente dos três atores já citados, seus diálogos são ótimos. Emily Blunt (Gwen, a cunhada) também tem uma boa participação, dando um alivio feminino ao clima pesado atribuído aos outros atores... clima não só de conversas, mas de todo o filme... esse é o grande atrativo do longa.


Os jogos de luz e sombras, e as locações cinzentas e cheias de névoa criam uma tensão propícia para as cenas de ação, com a criatura esgueirando-se pelos cenários, e algumas poucas sequências de suspense... mérito do diretor Joe Johnston, que colocou no filme aquela atmosfera dos filmes antigos, incluindo aí a imagem da criatura de pé, e vestida como um senhor de alta classe britânica...


Mas os fãs dos novos filmes de terror não devem ficar decepcionados, o filme combina muito bem os seus toques clássicos com a tecnologia de hoje, com direito a muita movimentação, matança, cabeças, membros e entranhas humanas voando para todo o lado (ao maior estilo gore)... além de ótimas maquiagens e efeitos especiais... e uma transformação licantrópica que já entrou na lista das melhores do gênero.


3 de junho de 2010

Estréias da Semana


O Golpista do Ano

Comédia, 16 anos

Direção: Glenn Ficarra e John Requa.

Elenco: Jim Carrey, Ewan McGregor, Rodrigo Santoro.
Duração: 102 min.

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo


Aventura, 12 anos

Direção: Mike Newell.

Elenco: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley.

Duração: 120 min.


Marmaduke


Infantil, Livre

Direção: Tom Dey.

Elenco: Owen Wilson, William H. Macy, Judy Greer.

Duração: 88 min.


Ao Sul da Fronteira


Documentário, Livre

Direção: Oliver Stone.

Duração: 102 min.

Fonte: Omelete

2 de junho de 2010

A Hora do Pesadelo - O Remake


Por Jardel Nunes


Remake parece ser a nova moda de Hollywood, principalmente no ramo do terror, já que os grandes filmes do passado já não conseguem passar o mesmo impacto de anteriormente com seus efeitos ultrapassados... mas mesmo com os efeitos visuais “top de linha” de hoje, a maioria desses filmes não chegam perto dos originais e acabam sendo totalmente desnecessários...


A nova versão do clássico criado por Wes Craven em 1984 é mais um que segue nessa mesma linha... faz alguns anos que vi o original pela última vez, mas me parece que a história não foi muito alterada, mas (como está na moda) foi dado um pouco de realismo para a história de Freddy, colocando elementos de abuso infantil e pedofilia... o que até funciona de um certo modo, mas não combina com toda a aura imaginativa do personagem que entra nos sonhos das pessoas...


O diretor Samuel Bayer é esforçado, sua câmera é bem colocada (algumas cenas são cópias descaradas do original) e algumas seqüências são bem legais até, além de dirigir bem o seu grupo de atores novatos, que mostram atuações bem aceitáveis, assim como Jackie Earle Haley (mais conhecido por ser o Rorschach de Watchmen) como o novo Krueger...


Mas o roteiro... a história começa bem, mas logo se embaralha tanto que acaba sendo totalmente incoerente na hora de explicar a origem do vilão da história: em uma cena, nos é falado que os pesadelos dos adolescentes não são lembranças reprimidas, e logo após, um deles sonha com todos os acontecimentos que resultaram na morte de Freddy (!?)... além disso, a luta final é completamente confusa e não se entende direito o que são sonhos e o que é realidade.


No mais, falta ao filme aquele toque sanguinário que o Krueger original tinha, e também o teor sexual que é tão bem vindo ao gênero... e por incrível que pareça, com todos os efeitos visuais que existem hoje em dia, as mortes do filme original são muito mais impactantes do que as da nova versão, ou alguém já se esqueceu daquela cama jorrando sangue?