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4 de junho de 2010

O Lobisomem



Por Jardel Nunes


Hollywood estava carente de filmes clássicos nos últimos anos, principalmente no ramo do horror, terror com seus monstros tão conhecidos... a alguns anos todos os zumbis, vampiros, múmias e lobisomens que apareciam nas telonas já não causavam o mesmo impacto de antes, e ultimamente até estavam virando ícones teen, lugar para o qual eles definitivamente não foram criados...


Desde o antigo símbolo da Universal em sua abertura, “O Lobisomem”, remake do filme homônimo de 1941, nos mostra que veio nos contar novamente a história do homem-lobo da maneira que ela merece ser contada: de forma clássica. No filme, após ser informado por sua cunhada do misterioso desaparecimento de seu irmão, Lawrence Talbot (Benicio del Toro) volta ao castelo de seu pai (Anthony Hopkins) afim de investigar o ocorrido, e no meio das investigações acaba sendo mordido pela mítica criatura...


Após algum tempo adoecido, ele acorda totalmente recuperado e começa a se transformar e aterrorizar o vilarejo, o que chama a atenção da Scotland Yard, que manda o Inspetor Aberline (Hugo Weaving) para examinar os ocorridos, e prender o responsável.


Tirando alguns pequenos detalhes no roteiro, e um desnecessário embate de lobisomens (por sorte, a disputa não dura nem 2 minutos), só tenho elogios ao filme... as atuações são ótimas, principalmente dos três atores já citados, seus diálogos são ótimos. Emily Blunt (Gwen, a cunhada) também tem uma boa participação, dando um alivio feminino ao clima pesado atribuído aos outros atores... clima não só de conversas, mas de todo o filme... esse é o grande atrativo do longa.


Os jogos de luz e sombras, e as locações cinzentas e cheias de névoa criam uma tensão propícia para as cenas de ação, com a criatura esgueirando-se pelos cenários, e algumas poucas sequências de suspense... mérito do diretor Joe Johnston, que colocou no filme aquela atmosfera dos filmes antigos, incluindo aí a imagem da criatura de pé, e vestida como um senhor de alta classe britânica...


Mas os fãs dos novos filmes de terror não devem ficar decepcionados, o filme combina muito bem os seus toques clássicos com a tecnologia de hoje, com direito a muita movimentação, matança, cabeças, membros e entranhas humanas voando para todo o lado (ao maior estilo gore)... além de ótimas maquiagens e efeitos especiais... e uma transformação licantrópica que já entrou na lista das melhores do gênero.


4 comentários:

  1. Estou do lado daqueles que gostaram do filme. A refilmagem passa toda aquela senação que a versão antiga possui. Os angulos, a iluminação a direção de arte. Pode possuir alguns defeitos, mas continua lindo de se assistir.

    http://cinema-em-dvd.blogspot.com/

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  2. Depois do conturbado processo de produção - se não me engano, o filme chegou a ter várias versões -, pensei que O Lobisomen seria uma bomba. Mas não, surpreendeu. Uma ótima homenagem aos filmes de monstros da Universal.

    Ah, concordo plenamente com a seguinte passagem: "e ultimamente até estavam virando ícones teen, lugar para o qual eles definitivamente não foram criados..."

    Abraço.

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  3. Kahlil, concordo com você... tem alguns defeitinhos, mas nada que estrague o grande filme que O Lobisomem é.

    Mateus, li bastante coisa sobre as gravações, refilmagens, remontagens, etc, etc que o filme sofreu... e também me assustei com tudo isso, mas incrivelmente, o filme não mostra nada disso. Ele é igual do começo ao fim... parece que era pra ser assim desde o começo.
    Bah, valeu... pensei bastante pra escrever essa frase ai, hehe

    Nekas, não assisti o original então não posso discordar de você... só posso dizer que gostei e muito do remake.

    Abraços a todos e valeu pelos comentários

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