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26 de fevereiro de 2010

Viagem Maldita


Por Jardel Nunes

Esse filme lançado em 2006 é refilmagem de “Quadrilha dos Sádicos”, longa de 1977, dirigido por Wes Craven (responsável pelas séries A Hora do Pesadelo e Pânico)... praticamente 30 anos depois, Craven resolveu revisitar este, que foi o segundo filme de
sua rentável carreira. Mas ao invés de dirigir, resolveu só produzir, e chamou o francês Alexandre Aja para ficar atrás das câmeras...

Veja bem, eu não assisti ao filme original, então esse texto não é comparativo. Mas acredito que, com Craven atrás das câmeras, Viagem Maldita poderia ser melhor aproveitado...

O filme mostra um casal comemorando seus 25 anos de casamento, juntamente com seu filho, suas duas filhas, o genro, a pequena neta e os dois cachorros, Bela e Fera... todos a bordo de um trailer viajando pelo deserto em direção a Califórnia. Depois de parar em um suspeito posto de gasolina, eles são informados de um caminho pelo meio das colinas que encurtará a viagem em mais de 2 horas... mas no meio do caminho sofrem um “acidente” e ficam a mercê de uma espécie de grupo de canibais mutantes...

Os mutantes são resultados de experiências com bombas atômicas que o governo dos EUA fez nas proximidades da vila habitada por essas pessoas... ao invés de deixar as explicações implícitas, como em muitos filmes de zumbis, o diretor joga tudo na cara do expectador logo nos ótimos e perturbadores créditos iniciais... cenas de anomalias por radiação misturadas com uma calma música folk criam um clima muito interessante para a abertura...

O filme peca justamente em não explorar melhor esse fato, transformando os “monstros” criados pela radiação em zumbis em busca de carne humana, ou canina... No mais, o longa levanta algumas discussões como os ideais republicanos do sogro contra o pacifismo do genro, que só se torna valente quando sua filha é sequestrada... a velha história de “tire a família de um homem para ele mostrar quem realmente é...”

Mas Viagem Maldita não é um filme ruim, muito pelo contrário... tem boas atuações de todo elenco, efeitos especiais e maquiagens incríveis (os mutantes são reais até demais...) e funciona perfeitamente como um bom filme de terror... infelizmente, ele podia ser mais que isso...

25 de fevereiro de 2010

Estréias da Semana...


Simplesmente Complicado

Comédia Romântica, 14 anos

Direção: Nancy Meyers.
Elenco: Meryl Streep, Alec Baldwin, Steve Martin.
Duração: 120 min.

O Segredo dos seus Olhos

Policial, 12 anos
Direção: Juan José Campanella.
Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Guillermo Francella.
Duração: 129 min.

Os Inquilinos

Drama, 14 anos
Direção: Sérgio Bianchi.
Elenco: Cássia Kiss, Ana Lúcia Torres, Caio Blat.
Duração: 102 min.
Filme Nacional

Pandorum

Ficção Científica, 14 anos
Direção: Christian Alvart.
Elenco: Ben Foster, Dennis Quaid, Cam Gigandet.
Duração: 108 min.

Toy Story 1 - 3D

Animação, Livre
Direção: John Lasseter.
Vozes Originais: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles.
Duração: 81 min.
Obs.: Relançamento especial em 3D por apenas uma semana, para promover o terceiro filme da série que deve estrear em junho...

24 de fevereiro de 2010

Bastardos Inglórios


Por Jardel Nunes

2009 foi o ano dos projetos que pareciam não sair nunca do papel... James Cameron conseguiu concluir seu Avatar, um filme de imagens magníficas que ele imaginava desde a época Titanic,
enquanto Quentin Tarantino enfim realizou seu audacioso longa-metragem sobre a 2ª guerra mundial, que também estava na cabeça do diretor a um bom tempo. Dois grandes filmes que, não por acaso, estão disputando o Oscar de melhor do ano...

A história de um grupo de soldados judeus/americanos (conhecidos como Bastardos) infiltrados na França dominada pela Alemanha, é contada juntamente com a de Shosanna, uma jovem judia que teve a família massacrada pelos nazistas e que agora vê uma chance de obter vingança... a missão dos dois núcleos protagonistas do filme? Matar Hitler e acabar com a guerra de uma vez por todas...

A extensa conversa que abre o longa já é uma boa amostra do que vem por ai... diálogos tensos que nos deixam sempre a mercê do diretor, sem saber o que esperar da próxima frase a ser dita. Além disso, a tempos não via um grupo tão homogêneo de atuações, todas são muito acima da média, mas os destaques são mesmo Mélanie Laurent (Shosanna), Christoph Waltz (Coronel Hans Landa da SS) que merece ganhar o Oscar ao qual foi indicado, com louvor... e só não digo que Brad Pitt está em sua melhor atuação por culpa de um certo boxeador cigano... aliás, o ator fica ótimo nesses papéis caricatos...

Talvez Bastardos seja o filme mais contido do cineasta, foram deixados um pouco de lado os conhecidos diálogos sem nexo com a história do filme... aqui, as conversas parecem sempre serem importantes para o andamento do longa, permanecendo somente algumas sequências, como a do jogo de cartas...

Por outro lado, esse é o filme em que Tarantino mais homenageia a arte que o sustenta... desde o título referente a um filme italiano, passando pelos nomes e criação dos personagens... são homenagens de todos os tipos e formas, ou alguém acha que metade da ação do filme se passar dentro de um cinema é por acaso?

Além de outras marcas registradas do diretor, como a trilha sonora anos 70, as câmeras circulares e a violência tratada com senso de humor... e apesar deste ser o filme com o tema mais sério da carreira de Tarantino, também me pareceu ser o mais cômico... além de algumas risadas durante uma ou outra cena (como o histérico Hitler), a cena em que os Bastardos tentam se passar por italianos me arrancou grandes gargalhadas, principalmente o falso dublê com ares de Don Corleone feito por Brad Pitt. Seria mais uma homenagem?

E sobre o que comentei no primeiro parágrafo... se a minha modesta opinião fosse ouvida na decisão do Oscar, provavelmente Tarantino teria mais uns enfeites para sua estante...

22 de fevereiro de 2010

De Repente Quadrinhos... Demolidor...


Por Giba

O primeiro "gibi" que li, X-Men, é meio clichê, mas foi amor a primeira lida... desde então não larguei mais, passei por várias fases e personagens, e hoje em dia com 13 anos consumindo história em quadrinhos, acho que posso dizer algumas palavras e opinar sobre o assunto, é isso que pretendo com uma certa regularidade.

Hoje em dia as revistas Marvel que vem sendo publicadas no Brasil, trazem em seus mixes algumas das melhores histórias disponíveis no mercado nacional... é delas, que começarei a falar a partir de hoje.

Herói do dia: Demolidor...
Série atualmente publicada na revista Universo Marvel (a partir da edição 53).

A dupla Ed Brubaker (roteiro) / Michael Lark (arte), vem a cada mês mostrando o que uma boa história tem que ter. Com influências claras de séries, filmes e livros policiais, o roteiro consegue envolver o leitor com mistérios que não se arrastam só para encher linguiça, mas sim para aprofundar a história... usando um bom drama pessoal, que é marca característica do personagem Matt Murdock (Demolidor), mas não caindo no dramalhão típico de personagens mortos...

Um bom exemplo do que se encontra nas histórias do demônio da Cozinha do Inferno é o atual arco, denominado “Mercenário”, que mistura a briga jurídica pela guarda da esposa de Matt, que se encontra em um hospício (Matt é advogado na vida civil), a volta do clã de ninjas assassinos Tentáculo e uma escorregada na vida íntima do personagem.

Se você achou a mistura de ninjas, tribunais e traição conjugal um tanto bizarra, a equipe criativa consegue um resultado no mínimo, ótimo.

Outro trunfo da série é o elenco de coadjuvantes, formado por Foggy Nelson (sócio de Matt Murdock no escritório de advocacia), Dakota North, amiga (colorida) consultora e detetive particular e Becky, advogada e amiga... assim como a presença de outros heróis, como Punho de Ferro...

Mas, o maior trunfo é a arte espetacular de Michael Lark, que tem um traço único e elegante, um senso de narrativa cinematográfica rara na indústria... ele consegue criar uma cena de luta brutal, e depois pular para uma página de diálogos pontuados por expressões faciais que dizem mais que palavras.

Recomendado pra quem acha que história de heróis é só colante colorido e sopapos entre marombados... Demolidor é mais uma prova que a 9° arte é muito mais que isso.

Obs.: Os artigos escritos pelo Giba tem a colaboração da Vanessa (namorada dele), que simplesmente conseguiu passar para o computador as coisas que o rapaz escreve em seu caderno e mandar para serem publicadas... Um feito, diga-se de passagem...

Aproveitando, precisamos agradecer a colaboradora/editora do Topangablog, Natália (esposa do Jardel), que tem a paciência de ler e revisar tudo que é postado aqui e falar se alguma frase, ponto, virgula, ou qualquer coisa precisa ser arrumada... Obrigado...

19 de fevereiro de 2010

RocknRolla


Por Jardel Nunes


Em 1994, Quentin Tarantino conseguiu deixar todos curiosos a respeito do conteúdo de brilho dourado de uma certa maleta... alguns anos se passaram, e agora Guy Ritchie nos deixa com outra incógnita no ar: “Afinal, que raios de pintura era aquela?”...


O mistério em volta da tal pintura, que passa de mão em mão por todo o filme, não é o único atrativo de RocknRolla... Ritchie volta a fazer nesse filme o que o consagrou: contar um história sobre o submundo de Londres, chefões do crime, seus capangas e os ladrõezinhos. Sempre utilizando a trilha sonora frenética, cortes rápidos de câmera, diálogos inusitados, situações quase nonsenses e muito bom humor. Sem dispensar o irreconhecível sotaque britânico, é lógico...


Além de usar dos mesmos artifícios na hora da montagem do longa, Ritchie também usa a mesma história de “Snatch” e “Jogos, Trapaças”... somente muda os personagens e acrescenta alguns temperos, como a primeira mulher de destaque (Thandie Newton) e o primeiro assumidamente homossexual (Tom Hardy). Mas o restante é igualzinho, até o chefão malvado que usa animais para extrair respostas de suas testemunhas, antes eram porcos, agora são lagostins...


A maioria dos atores são praticamente desconhecidos, mas nenhum deles fica ofuscado pelos nomes de Mark Strong (que também colaborou com o diretor em Sherlock Holmes), Tom Wilkinson e Gerard Butler... aliás, Butler é responsável por duas das melhores cenas de RocknRolla: o primeiro assalto, e a cena da dança com Thandie Newton são momentos hilários...


Ao final, parece que Ritchie quis fazer uma grande paródia, dele mesmo... mas não pense em filmes do tipo “Todo Mundo em Pânico” não, RocknRolla é mais um bom filme da carreira do diretor. E provavelmente vai agradar a todos os seus fãs, mesmo não estando no mesmo nível de Snatch, como um amigo me falou esses dias... Depois de assistir, tive que concordar com ele...


18 de fevereiro de 2010

Estréias da Semana


Um Homem Sério

Comédia, 12 anos

Direção: Joel e Ethan Coen.
Elenco: Michael Stuhlbarg, Sari Lennick, Aaron Wolff.
Duração: 104 min.

Um Olhar no Paraíso

Drama, 12 anos
Direção: Peter Jackson.
Elenco: Mark Wahlberg, Saoirse Ronan, Rachel Weisz, Susan Sarandon.
Duração: 135 min.

Idas e Vindas do Amor

Comédia Romântica, 12 anos
Direção: Garry Marshall.
Elenco: Julia Roberts, Jessica Biel, Anne Hathaway, Bradley Cooper, Thoper Grace,
Ashton Kutcher, Queen Latifah, Taylor Swift...
Duração: 125 min.


O Mensageiro


Drama, 14 anos

Direção: Oren Moverman.
Elenco: Ben Foster, Jena Malone, Woody Harrelson.
Duração: 112 minutos.

Educação

Drama, 14 anos
Direção: Lone Scherfig.
Elenco: Peter Sarsgaard, Carey Mulligan, Alfred Molina.
Duração: 95 min.

17 de fevereiro de 2010

Mandando Bala


Por Jardel Nunes

O título desse filme dirigido por Michael Davis explica muito bem o que ver
emos nos próximos 90 minutos... Correria, explosões e tiros, muitos e muitos tiros... dos mais variados calibres, e vindo de todos os lados...


Em meio a toda a correria proposta pelo filme estão os protagonistas: Clive Owen (o bonzinho que sozinho derruba 50 homens sem levar nem um tiro, mas acertando todos os seus disparos), um bebê que acaba de ficar órfão, Monica Bellucci (uma prostituta que acaba de abortar, e por isso tem leite suficiente para alimentar o bebê órfão) e Paul Giamatti (o vilão que é vigiado pela esposa constantemente via celular)...


O roteiro não mostra muito mais do que isso sobre os personagens, e também não se preocupa em explicar muito a trama do filme... alguma coisa a ver com tráfico de bebês para transplantes, política, corrupção e muito mais...


Como já falei, o negócio de Mandando Bala é a ação, e essa é desenfreada... são longas sequências de grande adrenalina, pancadarias, escorregadas, saltos de pára-quedas e até atos sexuais envoltos a tiros... além das cenas e da trilha sonora, as atuações também empolgam: Clive Owen é uma espécie de Pernalonga misturado com Justiceiro (personagem das HQs Marvel), se indignando com atos como não ligar o pisca do carro ao mudar de faixa... e Paul Giamatti (do ótimo Anti-Herói Americano), cumpre muito bem seu papel como o desbocado e irônico vilão...


Mandando Bala não é do tipo que agrada a todos, muitas cenas são forçadas e o roteiro é bem simplório. Mas se você quer se divertir na frente da TV ou é fã de filmes desse gênero que anda meio esquecido, Mandando Bala é uma grande pedida...


12 de fevereiro de 2010

Uma Vida Iluminada


Por Jardel Nunes

Em meio a inúmeros filmes que falam sobre o Holocausto, a perseguição contra os judeus, o racismo e as diferenças culturais, Uma Vida Iluminada se destaca por abordar todos esses assuntos
tão delicados com muito bom humor, personagens bizarros e um carregado e engraçadíssimo sotaque ucraniano...


O filme, dividido em 5 capítulos, conta a história de Jonathan (Elijah Wood), um judeu norte-americano que tem como hobby colecionar coisas de seus parentes. Mas ao perceber que não tem praticamente nada de seu avô, vai para a Ucrânia em busca da mulher que supostamente o salvou da guerra... Para essa rígida expedição pelo leste da Europa, Jonathan vai ter a ajuda de Alex (o esquisitão Eugene Hutz, líder da banda punk-cigana Gogol Bordello), seu mal-humorado avô (Boris Leskin) e da cadela guia dele, Sammy Davis Jr. Jr....


Na verdade, o avô (que também se chama Alex) montou uma empresa que ajuda judeus ricos a encontrar seus antepassados mortos na guerra... emprego totalmente irônico, logo que se percebe o ódio que o velho tem por judeus e seus parentes mortos... Então Jonathan paga 1.200 dólares por essa busca, e pelos serviços de tradução de Alex (o neto, que parece uma espécie de Eminem ucraniano), que fala um inglês precário, mas adora os EUA, sua cultura negra e hip-hop...


As absurdas situações que o quarteto passa nessa espécie de road movie, juntamente com as certeiras atuações já faz valer a pena uma olhada no filme... mas o longa escrito e dirigido pelo estreante Liev Schreibert tem muito mais a mostrar, como a excelente trilha sonora típica (que tem algumas músicas compostas por Eugene Hutz) e as belíssimas paisagens, como a enorme plantação de girassóis...


Mas Liev Schreibert, que só realizou esse filme atrás das câmeras (ele é mais conhecido por seu trabalho de ator, como em Wolverine), se perde um pouco nos minutos finais do longa... forçando algumas cenas a ter uma certa tristeza e atando relações entre os personagens, duas coisas desnecessárias ao meu ver...

11 de fevereiro de 2010

Estréias da Semana...


O Lobisomem


Suspense, 14 anos
Direção: Joe Johnston.
Elenco: Anthony Hopkins, Benicio Del Toro,
Emily Blunt, Hugo Weaving
Duração: 102 min.

Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Aventura, Livre
Direção: Chris Columbus.
Elenco: Logan Lerman, Kevin McKidd, Pierce Brosnan, Uma Thurman.
Duração: 121 min.


A Fita Branca


Drama, 16 anos

Direção: Michael Haneke.
Elenco: Christian Friedel, Leonie Benesch, Ulrich Tukur.
Duração: 145 min.

Preciosa - Uma História de Esperança

Drama, 12 anos
Direção: Lee Daniels.
Elenco: Gabourey Sidibe, Mo'nique, Lenny Kravitz, Mariah Carey
Duração: 109 min.

O Amor segundo B. Schianberg


Drama, 14 anos

Direção: Beto Brant.
Elenco: Marina Previato, Gustavo Machado.
Duração: 80 min.
Filme Nacional

10 de fevereiro de 2010

Homem de Ferro


Por Jardel Nunes

Antes de falar do longa em questão, é necessário comentar sobre a importância que o filme teve para o “cinema de super-herói”: Homem de Ferro foi o primeiro filme lançado pelo selo Marvel
Studios... a Marvel (a famosa “Casa das Idéias” dos quadrinhos), ao ver seus personagens descaracterizados nas mãos dos executivos de Hollywood (Demolidor, Elektra, Justiceiro, etc...) resolveu abrir uma repartição especial para cuidar de seus filhotes na telona...


O fato, que pouco depois foi imitado pela maior rival DC ao se juntar com a Warner para a realização dos filmes de suas criações, traz um certo controle de qualidade para os longas baseados em quadrinhos, o que é ótimo para os fãs...


Ao entrar no ramo cinematográfico, a Marvel teve que escolher um de seus personagens menos conhecidos, já que o Aranha e os X-Men já tinham seus direitos vendidos a outros estúdios... Mas ser menos conhecido não significa menos importante ou de pior qualidade, Homem de Ferro é um grande exemplo disso. Tony Stark, é um dos personagens mais complexos das HQs, somente o fato dele ser podre de rico por ser dono de uma empresa que fabrica armas para a guerra, já é meio contraditório para um super-herói... além disso, é falastrão, egocêntrico, mulherengo e ter uma pequena queda pelo álcool...


Robert Downey Jr., ator de várias características em comum com o personagem, caiu feito uma luva no papel de Tony Stark / Homem de Ferro mostrando todas as faces do playboy que resolve tentar resolver problemas que ele mesmo ajudou a criar... Gwyneth Paltrow, Terrence Howard e Jeff Bridges também mostram que compreenderam seus personagens e realizam um belo trabalho no longa... além dos coadjuvantes de luxo, o filme ainda conta com uma pontinha confirmada de Stan Lee como Hugh Hefner, e de Jon Favreau como o motorista de Stark...


Favreau, o diretor do filme, foi outra escolha acertada... o fã de HQs (mas que só tinha realizado comédias até então), mistura os elementos básicos de um filme de super-herói com maestria. A ação, o romance, a aventura e muitas doses de humor estão espalhados por todos os 126 minutos do filme, alternando muito bem entre os estilos... Aliás, as cenas em que Downey Jr. contracena com seus ajudantes robôs enquanto cria seu traje não ficando devendo em nada a uma boa comédia.


Mas talvez o maior mérito do filme seja o método como ele foi contado, Favreau e os roteiristas já apresentam ao público Tony Stark como ele é, sem se preocupar em mostrar os motivos para ele ser assim, e contam sua história a partir daí... Tudo isso, aliado a uma ótima trilha sonora e aos fantásticos efeitos visuais torna Homem de Ferro um dos melhores, senão o melhor, filmes de herói realizados até então (opinião própria), e deixa os fãs alvoroçados pela continuação que sai este ano. Além de criar uma boa expectativa para os filmes de Thor, Capitão América e dos Vingadores, que foram anunciados pela Marvel...


8 de fevereiro de 2010

O Amor Não Tira Férias


Por Jardel Nunes

Alguém já viu o filme “Tara Road – Aprendendo a Viver”, protagonizado por Andie MacDowell? Se a resposta for sim, é bem capaz de você achar que está assistindo a um plágio ou remake
nos primeiros minutos de O Amor Não Tira Férias. A história de duas mulheres descontentes com o sexo oposto, que através de um anúncio resolvem trocar de casas por algum tempo para tentar esquecer os problemas é a mesma nos dois filmes...


Amanda (Cameron Diaz) troca, por duas semanas, sua milionária residência na ensolarada Los Angeles por uma cabana no interior da Inglaterra que pertence a Iris (Kate Winslet)... Como era de se esperar (estamos em uma comédia romântica, certo?), as duas mulheres tão distintas conhecem novos interesses amorosos nessa aventura em pleno feriado de Natal.


A americana Amanda se envolve com Graham (Jude Law), o irmão mais velho de Iris, que sem saber da troca de casas, bate na porta da casa da irmã procurando por um lugar para dormir depois de uma bebedeira com os amigos... Já no novo mundo, Iris conhece Miles (Jack Black), um compositor de trilhas sonoras, e Arthur (Eli Wallach), um simpático velhinho muito famoso por seu trabalho como roteirista de cinema...


O filme segue praticamente toda sua duração intercalada entre os dois lados do oceano. Mas enquanto as passagens nos EUA são muito boas, sem muitas lamentações, mais voltadas para o humor e com ótimas referências a clássicos do cinema (e até uma participação bem engraçada de Dustin Hoffman)... a maior parte do tempo no velho continente nos faz ter vontade de voltar a ver o outro núcleo de personagens... os diálogos são longos, chorosos, e as risadas só vem em um único momento de brincadeiras infantis...


Apesar dos clichês que permeiam por praticamente todos os filmes do gênero, talvez o maior problema de O Amor Não Tira Férias seja sua longa duração... A diretora e roteirista Nancy Meyers conduz, sem necessidade, sua história com o ritmo lento. Mas se você não se importa com os 138 minutos do filme, verá boas atuações a provavelmente aprovará esse filme...


5 de fevereiro de 2010

A Todo o Volume


Por Jardel Nunes

Um pedaço de madeira, uma antiga garrafa, um captador, um martelo e alguns pregos, é tudo o que Jack White precisa para montar sua guitarra, e ainda brinca “Quem foi que disse que precisa comprar uma?”.... White é purista, para ele fazer seu som, uma guitarra e um amplificador são mais do que o suficiente.


The Edge precisa de vários equipamentos eletrônicos para produzir os timbres característicos de seu instrumento, que pode ser ouvido nas músicas do U2. Enquanto Jimmy Page, guitarrista do lendário Led Zeppelin, junta um pouco dos dois mundos, das guitarras antigas aos inovadores métodos de gravação...


O documentário, que é dividido em espécies de capítulos, vai fundo na vida dos três músicos, tentando desvendar os motivos de terem escolhido a guitarra como seu instrumento de trabalho... eles falam sobre suas influencias e sentimentos que os fizeram criar verdadeiros hinos (como a cena que mostra Edge falando como surgiu Sunday Bloody Sunday), além de visitarem antigos lugares de ensaios e gravações de suas bandas.


O diretor Davis Guggeheim leva o filme num ritmo cadenciado, mostrando desde comentários dos músicos, explicações feitas em desenho animado, imagens de arquivo (algumas são emocionantes), algumas cenas musicais e entrevistas... tudo isso com uma edição que valoriza cada momento e não deixa cansativo nem um dos quase 100 minutos de duração do documentário...


A dedicação do trio de guitarristas também é notável... The Edge se diverte ao explicar como usa toda a parafernália que fica a sua disposição nos shows. Page conta sobre sua vida de músico de estúdio, que ele não se orgulha nem um pouco, onde aprendeu muito do que utilizaria anos mais tarde... enquanto isso Jack White apresenta discos que o fizeram ver a música de um jeito diferente, além de compor uma canção especialmente para o diretor...


Ao final dos créditos que mostram os três, com violões em punho, tocando uma bela canção, é quase impossível não ter a mesma reação que The Edge e Jack White expressam ao ver Jimmy Page tocar o icônico riff de “Whole Lotta Love” do Zeppelin... abrir um enorme sorriso no rosto...


4 de fevereiro de 2010

Estréias da Semana...


Guerra ao Terror


Guerra, 14 anos
Direção: Kathryn Bigelow.
Elenco: Jeremy Renner, Ralph Fiennes, Guy Pearce.
Duração: 130 min.

Ninja Assassino

Ação, 18 anos
Direção: James McTeigue.
Elenco: Rain, Sung Kang, Randall Duk Kim.
Classificação: 18 anos.

Premonição 4

Suspense, 16 anos
Direção: David R. Ellis.
Elenco: Bobby Campo, Shantel VanSanten, Haley Webb.
Duração: 82 min.

O Que Resta do Tempo

Drama, 14 anos
Direção: Elia Suleiman
Elenco: Elia Suleiman, Saleh Bakri, Samar Qudha Tanus.
Duração: 105 min.

High School Musical - O Desafio

Musical, Livre
Direção: Cesar Rodrigues.
Elenco: Renata Ferreira, Olavo Cavalheiro, Paula Barbosa, Wanessa Camargo.
Duração: 98 min.
Filme Nacional

Mother - A Busca pela Verdade

Suspense, 18 anos
Direção: Joon-ho Bong.
Elenco: Bin Won, Ku Jin, Hye-ja Kim.
Duração: 128 min.

3 de fevereiro de 2010

Sherlock Holmes


Por Jardel Nunes

Sherlock Holmes está em crise... três meses sem nenhum caso para resolver desde a prisão de Lorde Blackwood. Pior que isso, seu leal companheiro e pagador de metade do aluguel, Watson, está o deixando para se casar... para fazer o maior detetive de
todos os tempos sair do quarto, que não deixava a semanas, só mesmo um novo caso completamente misterioso: Blackwood, que havia sido enforcado, misteriosamente levantou da tumba e planeja algo grandioso...


Há algum tempo atrás, quando a divulgação desse filme começou, comentei com um amigo: “os atores estão trocados, o Jude Law tem muito mais cara de Sherlock Holmes do que o Robert Downey Jr.”. Mas eu estava pensando no Sherlock dos livros, e não no detetive reinventado para a telona... esqueça aquele Holmes refinado e sério, estamos diante de um Holmes irônico, mulherengo, desajeitado, etc... Algo que combina perfeitamente com o ator escolhido para o papel...


Downey Jr. se sai muito bem com seu Sherlock. Por acaso, a personalidade do Holmes de Downey Jr. se parece muito com a de Toni Stark (identidade não tão secreta do Homem de Ferro)... Jude Law, que interpreta John Watson, também está muito bem... as várias cenas de ação mostram que tanto ele, como Downey Jr., estão preparados para a continuação que certamente virá... Os coadjuvantes Mark Strong (Lorde Blackwood) e Rachel McAdams (Irene Adler) seguem a mesma linha dos atores com mais foco, apesar de aparecem bem menos na tela...


A Inglaterra antiga foi recriada com muito bom gosto e bem detalhada, assim como figurinos e todo o resto para que o filme ganhasse aquele clima da época... e a trilha e os efeitos sonoros são bem encaixados, como em todos os filmes de Guy Ritchie...


O diretor (que infelizmente é mais conhecido por ter sido casado com a rainha do pop) emprega o mesmo estilo já visto em seus filmes anteriores: cortes de cena rápidos, câmeras lentas para enfatizar a ação (a luta de boxe de Holmes lembra muito a cena de Snatch com Brad Pitt), e muito bom humor... seus personagens e diálogos são irônicos e, por veses, caricatos...


Se Sherlock Holmes peca em alguma coisa é justamente nos seus diálogos, alguns são muito rápidos, com muita informação sendo jogada na tela ao mesmo tempo (resultado mirabolantes explicações aplicadas por Holmes para a solução do caso), e acabam sendo um pouco confuso. Mas nada que uma segunda olhada nesse bom filme não resolva, pretendo fazer isso logo que sair em DVD...


2 de fevereiro de 2010

Oscar 2010, os indicados são...


Acaba de sair (foi as 11:30 da manhã) a lista dos indicados ao maior prêmio do cinema mundial... Lembrando que este ano serão 10 os indicados para melhor filme.

O Oscar será realizado no dia 07 de março com a apresentação dos comediantes Steve Martin e Alec Baldwin... e aqui no blog você poderá ver a lista de todos os vencedores...

Por enquanto, fique com a lista dos indicados em todas as categorias... eu já fiz aqui minha lista de apostas (ou torcidas) dos vencedores. Será que eu acerto algum? Façam suas apostas...


Melhor Filme


- Avatar
- O Lado Cego
- Distrito 9
- An Education
- Guerra ao Terror

- Bastardos Inglórios
- Preciosa
- A Serious Man
- Up – Altas Aventuras
- Amor sem Escalas

Melhor Direção

- James Cameron (Avatar)
- Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)
- Quentin Tarantino (Bastardos Inglórios)
- Lee Daniels (Preciosa)
- Jason Reitman (Amor sem Escalas)

Melhor Ator

- Jeff Bridges (Crazy Heart)
- George Clooney (Amor sem Escalas)
- Colin Firth (A Single Man)
- Morgan Freeman (Invictus)
- Jeremy Renner (Guerra ao Terror)

Melhor Atriz

- Sandra Bullock (Um Sonho Possível)
- Helen Mirren (The Last Station)
- Carey Mulligan (An Education)
- Gabourey Sidibe (Preciosa)
- Meryl Streep (Julie & Julia)

Melhor Ator Coadjuvante

- Matt Damon (Invictus)
- Woody Harrelson (The Messenger)
- Christopher Plummer (The Last Station)
- Stanley Tucci (Um Olhar no Paraíso)
- Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)

Melhor Atriz Coadjuvante

- Penélope Cruz (Nine)
- Vera Farmiga (Amor sem Escalas)
- Maggie Gyllenhaal (Crazy Heart)
- Anna Kendrick (Amor sem Escalas)
- Mo’Nique (Preciosa)

Melhor Roteiro Original

- Guerra ao Terror
- Bastardos Inglórios
- The Messenger
- Serious Man
- Up – Altas Aventuras

Melhor Roteiro Adaptado

- Distrito 9
- An Education
- In the Loop
- Preciosa
- Amor sem Escalas

Melhor Animação

- Coraline
- Fantastic Mr. Fox
- The Princess and the Frog
- The Secret of Kells
- Up – Altas Aventuras

Melhor Filme Estrangeiro

- Ajami (Israel)
- El Secreto de Sus Ojos (Argentina)
- The Milk of Sorrow (Peru)
- Un Prophète (França)
- The White Ribbon (Alemanha)

Melhor Documentário

- Burma VJ
- The Cove
- Food, Inc.
- The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon -Papers
- Which Way Home

Melhor Direção de Arte

- Avatar
- The Imaginarium of Doctor Parnassus
- Nine
- Sherlock Holmes
- The Young Victoria

Melhor Fotografia

- Avatar (Mauro Fiore)
- Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Bruno Delbonnel)
- Guerra ao Terror (Barry Ackroyd)
- Bastardos Inglórios (Robert Richardson)
- The White Ribbon (Christian Berger)

Melhor Figurino

- Bright Star
- Coco antes de Chanel
- The Imaginarium of Doctor Parnassus
- Nine
- The Young Victoria

Melhor Edição

- Avatar
- Distrito 9
- Guerra ao Terror
- Bastardos Inglórios
- Preciosa

Melhor Trilha Sonora

- Avatar
- Fantastic Mr. Fox
- Guerra ao Terror
- Sherlock Holmes
- Up – Altas Aventuras

Melhor Canção

- Almost There (A Princesa e o Sapo)
- Down in New Orleans (A Princesa e o Sapo)
- Loin de Paname (Paris 36)
- Take It All (Nine)
- The Weary Kind (Crazy Heart)

Melhor Maquiagem

- Il Divo
- Star Trek
- The Young Victoria

Melhores Efeitos Visuais

- Avatar
- Distrito 9
- Star Trek

Melhor Som

- Avatar
- Guerra ao Terror
- Bastardos Inglórios
- Star Trek
- Transformers: A Vingança dos Derrotados

Melhor Edição de Som

- Avatar
- Guerra ao Terror
- Bastardos Inglórios
- Star Trek
- Up – Altas Aventuras

Melhor Curta Metragem

- The Door
- Instead of Abracadabra
- Kavi
- Miracle Fish
- The New Tenants

Melhor Curta de Animação

- French Roast
- Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty
- The Lady and the Reaper (La Dama y la Muerte)
- Logorama
- A Matter of Loaf and Death

Melhor Documentário em Curta-Metragem

- China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province
- The Last Campaign of Governor Booth Gardner
- The Last Truck: Closing of a GM Plant
- Music by Prudence
- Rabbit à la Berlin

1 de fevereiro de 2010

300


Por Jardel Nunes


Baseado na HQ homônima escrita e desenhada por Frank Miller (Sin City) que é levemente baseada na Batalha das Termópilas, “300” é uma forte história sobre 300 homens liderados por Leônidas (Gerard Butler, em sua melhor atuação até hoje), o Rei de Esparta, lutando contra a tentativa de invasão das gigantescas tropas Persas, comandados pelo Deus Rei Xerxes (Rodrigo Santoro, com mais de 2 metros de altura e uma voz trovejante)...


Mas apesar da história ser muito boa, e muito bem narrada por um dos soldados espartanos, 300 é uma virtuose técnica... imagens, sons, tudo meticulosamente colocado em seus lugares pelo diretor Zack Snyder (que mais tarde faria algo muito parecido em Watchmen). Snyder pegou a HQ de Frank Miller como se fosse seu “story-board” e baseou suas cenas por ela, cada palavra, cada pose dos atores, cada ângulo de câmera, cada cenário que parece uma pintura (vale lembrar que o filme foi todo realizado com os atores atuando em frente de um fundo azul), tudo (ou praticamente tudo) foi retirado diretamente da arte de Miller...


O diretor parece um maestro dirigindo seu filme, acelera e diminui a velocidade das cenas a todo momento, faz closes mostrando toda a fúria dos guerreiros espartanos, e abusa dos efeitos sonoros, tudo para deixar o público alvoroçado... aliado a todo esse “balé” de violência estilizada está uma trilha sonora primorosa, uma espécie de ópera eletrônica que combina perfeitamente com as imagens vistas na tela, como na grande sequência em que Leônidas sai a frente de seus homens contra os guerreiros persas...


A outra cena que nunca me sai da cabeça por sua beleza estética, é quando os espartanos festejam ao verem os navios inimigos sucumbirem as forças pluviais...


O épico de Snyder é um dos filmes mais fortes do últimos anos, forte em todos os sentidos... da força e discursos fervorosos de Leônidas (aliás, todas as palavras desferidas pelo personagem de Gerard Butler são frases de efeito, com sua arrogância e prepotência), a as grotescas imagens das aberrações do exército persa...


Afinal, “Isso é Esparta”...