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21 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas


Por Jardel Nunes


Faz tempo peguei o livro para ler (tenho ele em casa, na estante da minha mulher) e só acabei no último final de semana, na verdade me forcei a ler as últimas 30, 35 páginas. Levei meses, isso mesmo, meses, para terminar um livro de menos de 200 páginas... agora, podem me xingar: o livro é chato! Não tem uma história bem definida, se resume a um passeio da menina pelo País das Maravilhas encontrando personagens bizarros, mas sem um motivo para a menina estar ali...


O filme, dirigido por Tim Burton, nos mostra a menina 13 anos depois, e com lembranças remotas do tal país (ela pensa que tudo são sonhos)... no dia de seu noivado, novamente o coelho branco aparece e a menina acaba caindo no buraco e indo parar no país das maravilhas, mas desta vez com uma missão muito importante: ela é a única que pode salvar tal mundo, que foi totalmente destruído pela Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter) e fazer a boazinha Rainha Branca (Anne Hathaway) assumir o poder e tudo voltar a ser como era.


Na jornada, Alice (Mia Wasikowska) tem a ajuda de vários personagens, a Lagarta Azul, os Tweedle, o Gato Risonho e o Chapeleiro Maluco, que ganha um grande destaque na trama, e até um certo clima com Alice, se tornando o “segundo protagonista”... o que já era de se esperar, lembrando que o Chapeleiro é interpretado por Johnny Depp, ator “fetiche” de Tim Burton... Mas, se a nova história traz a ação que faltava na original, essa movimentação toda acaba sendo o maior erro, tudo muito rápido, faltando algumas devidas explicações.


Tirando o roteiro atropelado, o filme tem seus méritos. As atuações são muito boas, o Chapeleiro ganhou uma profundidade interessante nas mãos de Depp, assim como a cabeçuda Rainha Vermelha de Bonham Carter... o elenco de vozes também é um luxo: Christopher Lee, Michael Sheen, Alan Rickman, entre outros...


Além das pitadas de humor negro e a ótima trilha sonora de Danny Elfman que já são característicos dos filmes de Burtom, já era de se esperar que o visual do filme fosse fantástico, e é... as paisagens, cenários, tudo tem o estilo do diretor e suas tons coloridos, mas sombrios ao mesmo tempo. Com exceção do Valete (Crispin Glover), que parece meio “duro”, a interação dos atores reais com todas as criaturas criadas em computação gráfica também é muito boa.


Alice no País das Maravilhas fica devendo aquela “mágica” dos grandes filmes de Tim Burton, ficando no mesmo nível de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” na carreira do diretor... Diverte, mas não empolga...


4 comentários:

  1. Eu ainda acho inferior a Charlie. Tim Burton é um realizador que me desperta entusiasmo mas neste filme fica a ligeira sensação que se rendeu à Disney e não às suas características gore que eu tanto gosto...

    Abraço
    Cinema as my World

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  2. Eu gostei do filme, achei sombrio do jeito que é Tim Burton, adorei que vc falou que Johnny é o fetiche de Tim rsrsrsrs.

    Um fato é que não é um filmes pra crianças definitivamente.

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  3. Jardel achei A fantástica Fabrica um pocuo melhor que Alice. Achei o roteior de alice mto previsivel, e pouco empolgante. Já na Fantastica Fabrica, o visual se impoe mais, e Burton opta por algumas mudanças na narrativa, principalmente no desfecho, q trazem um "ar" mais inovador para a trama. Coisa q falta em Alice. Grande abraço.

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  4. Nekas, ouvi muito isso, de que o Burton se rendeu e tal. Mas eu não achei que foi assim... claro, o filme não tem "aquele" estilo tão conhecido do diretor, mas a mão dele tá ali sim.

    Mirella, e o Tim é o fetiche do Johnny e vice e versa hehehe... na verdade os dois se adoram né, e sempre sai alguma coisa legal dessa união. Até pode ser que o filme não seja perfeito, mas eles nos apresentam sempre alguma coisa boa, como os bizarros personagens do Depp.

    thicarvalho, repensando aqui, acho que a Fantástica Fábrica é um pouco melhor que Alice mesmo... mas em minha opinião, ganha porque Willy Wonka é um personagem muito mais interessante do que qualquer um de Alice.

    Abraços a todos e obrigado pelos comentários

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