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31 de maio de 2010

Maria Antonieta




“Isto é ridículo!”, diz a mais nova princesa da França ao ser deixada nua por minutos em uma fria manhã, enquanto suas camareiras e novas parentes decidem de quem irá ser a honra de vestir a mais nova herdeira ao trono em seu primeiro dia no palácio... Depois da repreensão sexual da família em “As Virgens Suicidas” e a solidão em “Encontros e Desencontros”, a diretora Sofia Coppola volta a retratar uma mulher em um ambiente hostil... também volta a parceria com Kirsten Dunst, a loira mais ruiva do cinema.

O filme mostra a vida de Maria Antonieta (Dusnt, ótima no papel) desde o dia em que deixa a Áustria para se casar com o príncipe herdeiro francês (interpretado perfeitamente por Jason Schwartzman). O casamento era um acordo político que deveria unir os dois paises, e Maria sofreu com isso e a pressão que sofria pela não consumação do casamento, que era culpa do abobalhado príncipe, que parecia não se interessar muito pelo “assunto”...

Toda a primeira parte do filme, que ainda mostra a coroação de seu marido como Rei após a morte do pai, é muito bem expressa em uma sequência onde toca a ótima “I Want Candy” como trilha: Maria e as outras princesas se esbaldando em doces, bebidas, roupas e sapatos... mostrando toda a futilidade e pompa da corte francesa. Falando em trilha, Coppola ousou e muito ao inserir músicas contemporâneas em um “filme de época”.

Na segunda metade do longa, a agora rainha Maria Antonieta acaba virando uma verdadeira baladeira e adúltera (e o Rei nem dava bola), mesmo após o nascimento de seus filhos... aliás, a morte de sua terceira criança é outra cena que chama a atenção pela sutileza, mostrada através de uma troca de quadros.

Mesmo focando o filme em Maria, o roteiro (escrito pela própria Sofia Coppola) apresenta um pouco da história da época, mostrando alguns acordos políticos entre França e EUA, a revolta do povo contra o império, a Revolução Francesa e até a famosa frase sobre brioches (que no filme viraram “bolos”) supostamente desferida pela rainha...

Com um ótimo elenco, que ainda inclue Steve Coogan e Judy Davis, e com um realismo incrível de figurinos e cenários... Sofia Coppola já aparece como uma das melhores roteiristas e diretoras da atualidade, e nem se pensa mais nela como filha de quem é. Quer um aspecto negativo? Sofia não lançou mais nenhum filme depois de Maria Antonieta, o que lembra aquela batida frase: Diretora de poucos, mas ótimos filmes...

4 comentários:

  1. Muito bom esse filme. Gosto muito da Coppola e da Dunst - e não é só por que ela fez a Mary Jane, hehe.

    Em relação aos poucos filmes da Sofia, esse ano sai um novo dela. Dá uma olhada no Omelete, que tem até foto já.

    Abraço.

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  2. ahh filme que eu vi quuando lançaram e sempre elogiava, a menina Coppola é uma baita diretora,e uma certa dupla que escrevem um certo blog que eu não vou falar quem,riram de mim e falaram que era um filmizinho de menina heiinn ahh o tempo ele sempre sopra ventos de mudança hehehehehe
    brincaderas a parte, baitaa filme igual os outros 2 dela sempre lindos de se ver e ouvir.

    Abraços

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  3. De guarda-roupa é espectacular, mas de resto, :S

    Abraço
    Cinema as my World

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  4. Valeu pela dica Mateus, ainda não tinha visto a foto do novo da Sofia, Somewhere...
    Mas aposto que seu gosto pela Kirsten Dunst tem muito haver com a ruiva aquela. hehe

    Quem é esses dois ai Giba? Um eu sei que é o Diego... Falando sério, demorei mesmo pra ver o grande talento da Coppola, mas agora so fã de carteirinha.

    Ah, que isso Nekas... tem muito mais coisa boa do que só os figurinos..

    Abraços

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