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27 de abril de 2010

ZDM – Terra de Ninguém


Por Diego Alves

Atenção: Caso não gostem de spoilers, favor não ler a bagaça ai embaixo.

Os EUA estão em guerra civil. O foto-jornalista Matthew Roth é um estagiário sem muita noção que, graças ao seu pai, conseguiu um trabalho com um importante (e também boçal) jornalista que estava indo até a ZDM (que significa Zona Desmilitarizada, ou seja, um lugar onde não tem lei e todo mundo toca o foda-se) gravar uma série de programas. Logo no começo da tudo errado é Matthew se vê sozinho no meio do inferno.

ZDM é um tapa na cara, um beliscão na teta e um chute no saco. Ou seja, muito phóda.

A HQ já começa chamando a atenção pelo desenho. O desenhista é italiano, nos apresentando um traço diferente do que estamos acostumados a ver nas HQs, o que resulta em uma característica única para a revista.

O escritor não se preocupa apenas em jogar uma guerra civil em Manhatam mostrando a paisagem destruída. Ele se preocupa em como a cidade se “adaptaria” a uma guerra. Exemplo disso é a “cena” em que o personagem principal acorda em um banco, no meio de bambus com um panda logo á frente. Você pensa: “Puta que pariu, essa merda virou ficção científica...”, mas logo que termina a página você percebe que aquilo era até muito óbvio.

Outro ponto a favor é a realidade dos personagens. Zee, uma estudante de medicina que passa a ajudar Matthew, não “endureceu” por viver em meio da violência, mas também não hesita em negociar coisas de que precisa para em troca ajudá-lo. O próprio personagem principal surpreende ao dizer: “Sei que isso me faz parecer um babaca, mas, por mais triste que sejam aquelas crianças feridas, é esse atirador que me faz querer ficar e registrar histórias” se referindo a um casal que está em lados opostos e que namora por meio de recados através das miras de suas armas.

No final a minha impressão da revista é resumida na frase de um soldado logo no começo da história:

“É TUDO VERDADE, CARALHO”.

Roteiro de Brian Wood e Arte de Riccardo Burchielli
Capa dura e 128 páginas coloridas
Selo Vertigo – Editora Panini Brasil
Desaconselhável para menores de 18 anos

2 comentários:

  1. Muito bom texto, hehe, bem descontraído. O Selo Vertigo lança titulos interessantes por aqui. O site Omelete falou coisas boas sobre essa HQ também.

    Abraço.

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  2. Gostei muito do texto do Diego também... E também já tinha lido sobre essa HQ em outros lugares.

    Mas o que me intriga, é que eu ainda não li, mesmo os dois colaboradores do Topanga tendo ZDM na estante, nãnãnã... hehe

    Abraços

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