Por Jardel Nunes
Os créditos iniciais são mostrados entrecortados com cenas da família de Lula a bordo do caminhão que os levaria do sertão Pernambucano ao encontro do pai em Santos, pra trás ficaram as lembranças e Lobo, o cachorro da família... as cenas inicias refletem bem uma realidade do País que não cansa de ser mostrada. As famílias que passam necessidade no nordeste e vão tentar a vida nas grandes cidades, muitas vezes com falsas ilusões...
O longa mostra o período de 1945 até 1980, o nascimento, a infância com suas dificuldades e os mal tratos do pai bêbado e adúltero, a juventude e a primeira paixão. Essa parte, que ocupa metade dos quase 130 minutos de duração, é a melhor do filme...
Com a chegada do filme aos anos 70, quando Lula se enfia de cabeça na política e vira presidente do sindicato dos metalúrgicos, o filme tende a ficar confuso e um tanto repetitivo para aqueles que não gostam de política e não conhecem a fundo a história da época, com as revoltas contra a ditadura militar e afins... onde são misturadas muitas imagens de arquivo da época junto as cenas gravadas para o longa.
Nessa época a vida pública de Lula fica mais importante que sua família, e fatos como o nascimento de seu primeiro filho com Marisa são deixados de lado... é nessa parte do filme que a direção de Fábio Barreto, que parecia tão boa até então, se perde um pouco e deixa o filme monótono com tantos discursos e aplausos...
Apesar do esforço para imitar os trejeitos de Lula (principalmente o modo de dar com os braços ao discursar), Rui Ricardo Diaz parece não conseguir imitar com exatidão a característica voz do personagem em todas as falas... tirando isso todos os demais atores fazem seu papel bem, entre eles Gloria (a mãe) e Cleo Pires (a primeira esposa, que morreu junto com a criança, ao dar a luz). Por acaso, a segunda (e atual) mulher de Lula, Marisa (Juliana Baroni), não tem o destaque que eu acho que ela merecia...
“Lula, o filho do Brasil” foi feito nos mesmos moldes de “2 Filhos de Francisco”, é um filme que tem grande poder de emocionar as pessoas, com as tristezas e vitórias de Luiz Inácio... infelizmente, o filme não tem muito mais a mostrar e não acrescenta nada de novo ao gênero do cinema biográfico...
Não acredito que você foi ver esse filme... Isse filme me parece mais uma propaganda do Lula, até gosto do governo dele, mas em ano de eleição aparecer o quanto ele sofreu pra conseguir chegar lá não rolou
ResponderExcluirPra ver o que eu faço por vocês, leitores do blog.. hehehe. Brincadeira, eu fui assistir sim pra passar o tempo, e só tinha Avatar (que eu já assisti), Lula e Alvin 2 (que eu também assisti, no mesmo dia)...
ResponderExcluirO filme não mostra o PT, mas concordo que lançar o filme em ano eleitoral é meio suspeito...
Ridículo. Produção ruim, direção péssima, atuações medíocres (salvo Glória Pires). Um filme que mostrou, mais que tudo, a força de Lula no contrato.
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