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5 de abril de 2010

Invictus


Por Jardel Nunes

“O futebol é um esporte de cavalheiros jogado por
hooligans, enquanto o rúgbi é um esporte de hooligans jogado por cavalheiros...”


Essa frase, dita de maneira bem-humorada por um dos seguranças particulares do recém eleito presidente Nelson Mandela, mostra muito bem como estava a África do Sul no atual momento... um país onde a maioria negra, adoradora do futebol, é a classe pobre e os brancos, adoradores do esporte de hooligans, são a classe dominante, apesar da minoria...


Se aproveitando do fato que África do Sul seria a sede da próxima Copa do Mundo de Rúgbi, o que garantia a vaga para o fraco time local... Mandela decidiu apostar no esporte na tentativa de unir sua nação, mas para isso precisava arrumar uma forma de fazer os Springboks (o time representante do país) se tornarem campeões... o único meio de fazer isso, era tentar levantar a moral da equipe através de seu capitão, François Pienaar, que não estava contente com as atuações do time a tempos...


Além das diferenças sociais, pobres, ricos, negros, brancos... Invictus também frisa bem a diferença entre seus dois protagonistas, a fragilidade, experiência e velhice do presidente que passou 26 anos em uma pequena cela contra a virilidade jovial do capitão dos Springboks... aliás, um grande trunfo do filme é não mostrar a história de Mandela, que tomaria uma boa parte da duração do longa. Pega-se o personagem pronto, já eleito presidente e com o país dividido nas mãos...


Falando dos protagonistas, os dois são ótimos... Matt Damon passou por um treinamento intensivo e foi até conversar com o verdadeiro François Pienaar para se preparar para o papel de capitão... e para interpretar Mandela, ninguém melhor do que Morgan Freeman (o próprio Mandela queria o ator para interpreta-lo na telona), além da aparência física (em algumas falsas cenas de arquivo no começo do filme é difícil saber se é o ator ou o próprio Mandela que está na tela), o ator estudou muito bem o sotaque do presidente sul-africano...


Se não fossem alguns diálogos em excesso, como os milhares de boa-sorte que o presidente dá para seus atletas e alguns discursos totalmente dispensáveis, a direção do grande Clint Eastwood seria perfeita... o velho diretor sabe criar tensão para o filme como ninguém, é só assistir aos incríveis minutos finais do filme, com o duelo entre África do Sul e Nova Zelândia, os movimentos de câmera e os pequenos detalhes da torcida, fazem qualquer um grudar na cadeira torcer como se fosse o seu time na final do campeonato...


3 comentários:

  1. Também não gostei desse estilo de filme de vários diálogos, muitos deles sem emoção nenhuma, mas eu daria sim um Oscar pra Morgan Freeman

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  2. Este é um dos filmes q mais quero ver... Pelo conjunto da obra, Morgam Freeman já merecia mais q um Oscar. kkkkkkkkkk Qnt ao Eastwood, seus últimos trabalhos foram ótimos... Gran Torino, Cartas de Iwo Jima e Menina de Ouro, são obras primas. Grande abraço Jardel.

    Visitem: www.cinemaniac2008.blogspot.com

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  3. Algumas cenas são bastantes extensas e com muitos diálogos "nada a ver"... mas felizmente, o final faz você se esquecer do resto todo. O Morgan está muito bem mesmo, só aquele sotaque já merecia um prêmio.

    Thicarvalho. Um conjunto muito bom, diga-se de passagem... vale muito a pena. COnfesso que eu não estava esperando muito do filme e me surpreendi.

    Abraços e obrigado

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