
Por Jardel Nunes

Trazer o espectador, sentado em sua poltrona, para dentro do filme é uma tarefa muito árdua. Muitos já tentaram, e de várias maneiras diferentes, mas poucos conseguiram dar tanta sensação de imersão (que é a lógica do “tal de 3D” né?) como o cineasta Julian Schnabel em “O Escafandro e a Borboleta”...
O filme, adaptado da obra literária de mesmo nome, escrita por Jean-Dominique Bauby, conta um pouco da história de seu escritor. Jean era editor da revista Elle (publicação francesa sobre moda), tinha 3 filhos, uma ex-esposa, uma atual namorada, e sofreu um derrame que o deixou com uma raríssima sequela chamada “síndrome do encarceramento”. Ele somente conseguia mover o olho esquerdo...
Justamente esse olho, que virou a forma de Bauby se comunicar (ele ditou todo o livro apenas piscando) vira nossa visão na primeira metade do filme... os atores conversam diretamente com a câmera, que vira para todos os lados, perde o foco, se escurece, é costurada. Artifícios usados para nos colocar no lugar de Bauby em sua cama no hospital e nos explicar o que aconteceu ao protagonista...
Só na segunda parte do filme, e com uma inteligente deixa do roteiro adaptado por Ronald Harwood é que vemos o rosto do protagonista, e o longa assume um “tom mais convencional”... a partir daí é que se destacam os talentos das coadjuvantes Marie-Josée Croze (a enfermeira) e Emmanuelle Seigner (ex-esposa), além de Mathieu Amalric (que interpreta Bauby) em uma daquelas atuações de entrega memorável...
Enquanto Bauby narra como sua vida mudou e como aprendeu a apreciar a nova vida, são mostradas imagens soltas: geleiras, lagartas se transformando... Julian Schnabel nos apresenta um filme poético, metafórico e de estilo muito peculiar. A estranheza do início pode afastar espectadores desavisados, mas “O Escafandro e a Borboleta” é um dos filmes mais bonitos dos últimos anos...

Trazer o espectador, sentado em sua poltrona, para dentro do filme é uma tarefa muito árdua. Muitos já tentaram, e de várias maneiras diferentes, mas poucos conseguiram dar tanta sensação de imersão (que é a lógica do “tal de 3D” né?) como o cineasta Julian Schnabel em “O Escafandro e a Borboleta”...
O filme, adaptado da obra literária de mesmo nome, escrita por Jean-Dominique Bauby, conta um pouco da história de seu escritor. Jean era editor da revista Elle (publicação francesa sobre moda), tinha 3 filhos, uma ex-esposa, uma atual namorada, e sofreu um derrame que o deixou com uma raríssima sequela chamada “síndrome do encarceramento”. Ele somente conseguia mover o olho esquerdo...
Justamente esse olho, que virou a forma de Bauby se comunicar (ele ditou todo o livro apenas piscando) vira nossa visão na primeira metade do filme... os atores conversam diretamente com a câmera, que vira para todos os lados, perde o foco, se escurece, é costurada. Artifícios usados para nos colocar no lugar de Bauby em sua cama no hospital e nos explicar o que aconteceu ao protagonista...
Só na segunda parte do filme, e com uma inteligente deixa do roteiro adaptado por Ronald Harwood é que vemos o rosto do protagonista, e o longa assume um “tom mais convencional”... a partir daí é que se destacam os talentos das coadjuvantes Marie-Josée Croze (a enfermeira) e Emmanuelle Seigner (ex-esposa), além de Mathieu Amalric (que interpreta Bauby) em uma daquelas atuações de entrega memorável...
Enquanto Bauby narra como sua vida mudou e como aprendeu a apreciar a nova vida, são mostradas imagens soltas: geleiras, lagartas se transformando... Julian Schnabel nos apresenta um filme poético, metafórico e de estilo muito peculiar. A estranheza do início pode afastar espectadores desavisados, mas “O Escafandro e a Borboleta” é um dos filmes mais bonitos dos últimos anos...

Um grande filme Jardel. O escafandro e a borboleta consegue com extrema felicidade mostrar que com uma câmera e boas ideias, podemos fazer o espcetador se sentir dentro do filme. Um ótimo longa. Grande abraço.
ResponderExcluirAinda não vi, mais não por falta de vontade, apenas oportunidade. Espero ver em breve !!
ResponderExcluirComo o Thicarvalho disse, é um grande filme. Sugiro que tire um tempinho para ele Raspante. Vale a pena.
ResponderExcluirValeu pelos comentários
Abração