O Grande Hotel é um filme/projeto lançado em 1995 que conta com a participação de 4 diretores que estavam despontando na época... Cada diretor escreveu e dirigiu um episódio do filme (uma espécie de curta-metragem), e a única ligação entre os episódios é o mensageiro Ted, interpretado por Eric Roth de uma forma totalmente cômica e caricata.
É noite de ano novo, e é o primeiro dia de trabalho de Ted no Mon Signor Hotel, o antigo mensageiro, que trabalhou no hotel por 50 anos, passa algumas dicas para Ted: Fique longe de recepcionistas, crianças, prostitutas, brigas de casais e deixar suas calças fechadas... Entramos no 1° episódio... mas antes disso uma divertida animação de abertura ao melhor estilo A Pantera Cor-de-Rosa...
“O Ingrediente que Faltava”
Dirigido por Allison Anders e com Lili Taylor, Ione Skye, Valeria Golino e Madona no elenco... Conta a história de um covil de bruxas que tenta ressuscitar Diana, uma e
spécie de Bruxa mestre que foi enfeitiçada no hotel em sua noite de núpcias... cada uma das integrantes precisa levar um ingrediente para o ritual, mas uma delas não conseguiu o tal ingrediente e sobra para o mensageiro arrumá-lo.
É um bom começo para o filme, mas é o episódio mais fraco... a diretora usa alguns efeitos visuais totalmente dispensáveis...
Obs.: quando a personagem Eva se despede de Ted, ela lhe dá um cartão e diz para ele lhe ligar, que aquele é seu telefone em TOPANGA...
Após sair do covil, Ted atende o telefone na recepção de um hóspede pedindo gelo mas, acaba indo para no quarto errado...
“O Homem Errado”
O filme sobe de nível com esse episódio dirigido por Alexandre Rockwell... Ted entra no quarto para entregar o gelo e acaba entrando numa briga do casal Sigfried (David Proval) e Angela (Jennifer Beals)... Sigfried com uma arma apontada para a cabeça de Ted acusa a mulher, que está amarrada e amordaçada em uma cadeira, de ter um caso com o mensageiro...
Os diálogos escritos por Rockwell são o ponto alto do história, que acaba revelando um pouco da infância de Ted... O diretor usa o tom tenso da briga para fazer ótimas piadas...
Logo após conseguir fugir do quarto do casal é a vez de Ted se enfiar em mais uma furada após receber um pedido de champagne...
“Os Pestinhas”
Um casal decide deixar Ted responsável por cuidar de seu casal de filhos
enquanto se divertem em uma festa, o marido oferece 500 dólares para que o mensageiro vá ao quarto das crianças de meia em meia hora e que os coloque pra dormir antes da meia noite... o problema é que as crianças são umas pestes e infernizam a vida de Ted o tempo todo e acabam até colocando fogo no quarto...
Robert Rodriguez fez esse episódio, que, na minha opinião é o mais engraçado do filme... as crianças são ótimas e Antonio Bandeiras no papel do marido, que mais parece um gângster mexicano, mostra que é muito bom em papéis cômicos...
Ah, Rodriguez teve que dar um pequeno papel no filme para sua musa Salma Hayek, é ela que aparece dançando na TV quando as crianças estão sozinhas no quarto...Ted sai totalmente indignado do 3° quarto e liga para sua chefe para se demitir, mas no meio da conversa toca o telefone da recepção... é a cobertura, o hóspede mais importante do hotel está lá e Ted acaba concordando em atendê-lo...
Nesse pequeno trecho vemos Marisa Tomei no papel de uma menina chapada que atende o telefone na casa da chefe de Ted, um papel totalmente secundário, não sei porque colocaram ela no cartaz do filme...
“O Homem de Hollywood”
A última parte do filme é escrita, dirigida e estrelada por Quentin Tarantino... Tarantino é Chester, um
famoso diretor de cinema, que acaba de fazer uma aposta com seu amigo Norman baseado no filme O Homem do Rio de Alfred Hitchcock: se Norman conseguir acender o seu isqueiro 10 vezes seguidas ele ganha o carro de Chester, mas se perder terá seu dedo decepado... cabe ao nosso querido mensageiro a tarefa de ser o carrasco... O episódio ainda conta com a participação de Bruce Willis...
Com todos aqueles diálogos e movimentos de câmera característicos do diretor, esse último episódio acaba sendo o melhor do filme... Tarantino ainda faz algumas críticas aos EUA e também as celebridades excêntricas...
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