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15 de agosto de 2009

Mais Estranho que a Ficção



Will Ferrel é Harold Crick, Harold é um cara legal, educado, pensa muito mais do que fala, mora sozinho e é fiscal da receita federal... Harold tem uma vida vazia e sem novidades... todo dia dorme no mesmo horário, acorda no mesmo horário, escova os dentes da mesma maneira, dá o mesmo nó na gravata, dava os mesmos 57 passos por quadra até a parada de ônibus, trabalha, chega em casa na mesma hora... fazia tudo isso com a ajuda do seu inseparável relógio de pulso... isso até uma certa quarta-feira...

Harold começa a ouvir uma voz feminina narrando todos os seus movimentos, só ele ouve a voz e, estranhamente ela sabe todos os sentimentos que ele tem sobre sua vida, seu trabalho... como se Harold fosse um personagem da história de alguém. Ao procurar ajuda médica, Harold acaba indo conversar com um professor de literatura (Dustin Hoffman) que o ajuda a descobrir que a narradora misteriosa é Kay Eiffel (Emma Thompson) uma famosa (e excêntrica) escritora que está tendo um bloqueio literário. O problema é que a maior característica dos livros de Eiffel é que o personagem principal sempre morre ao final do livro, nesse caso, Harold.

Então Harold que era um perdedor assumido (a voz o lembra disso toda hora) resolve levar sua vida de uma maneira melhor, começa a se envolver com Ana (Maggie Gyllenhaal), uma estranha confeiteira anarquista que não pagou seus impostos, e tenta realizar um sonho antigo: aprender a tocar guitarra.

Assim como Melinda e Melinda de Woody Alen, o filme brinca com o fato de que a vida das pessoas pode ser um drama ou uma comédia, ou os dois... entre outras indagações sobre nossas vidas, preocupações, deveres e prazeres... tudo isso tratado de uma forma leve e levemente cômica pelo diretor Marc Forster (Em Busca da Terra do Nunca), que ainda usa pequenos detalhes gráficos para salientar os pensamentos de Harold... O roteiro, aparentemente absurdo, mas, que aos poucos vai encantando e prendendo a atenção do espectador foi escrito por Zach Helm, seu primeiro roteiro.

Com exceção de Queen Latifah, que não aparece muito como a assistente de Kay Eiffel e poderia facilmente ter seu personagem excluído do filme, os outros atores principais estão ótimos em seus respectivos papéis, com destaque para Emma Thompson como a neurótica escritora e Will Ferrel, Ferrel que é conhecido por seus personagens cômicos, caricatos e exagerados fez um Harold Crick contido e com jeito de coitado... nos primeiros minutos do filme, você já vai se identificar com Harold e sentir pena dele... Assim como Jim Carrey e Adam Sandler (outros atores cômicos que se aventuraram nos papéis dramáticos), Will Ferrel mostra que não é só um cara engraçado mas, um grande ator...

Esse filme é a dica para o final de semana, um filme acima da média que merece ser visto e revisto, prestando atenção nos detalhes que, no final são importantes para a história.

Obs.: Era pra essa postagem ser colocada no blog ontem mas, assim como a personagem de Emma Thompson no filme, tive um pequeno bloqueio criativo e não conseguia terminar o texto, espero que tenha ficado bom...

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