Por Jardel Nunes
Começo dos anos 90, a MTV, hoje berço de emos e coloridos, engatinhava em terras brasileiras quando começou com o projeto acústico. No começo, era só um show para a televisão com violões, não se pensava em DVDs e CDs como hoje em dia. A grande Legião Urbana foi uma das primeiras bandas a fazer o novo programa, e abandonar as melodias complexas de seus discos para apresentar as canções com somente percussão e 2 violões...
O conceito do “Acústico MTV” mudou, virou uma espécie de segunda chance para a carreira (caso do Capital Inicial, que já estava totalmente esquecido até gravar seu acústico)... e 12 anos depois, o Ira!, outra banda remanescente dos anos 80, conseguiu muito mais do que se erguer novamente ao sucesso a base de violões. Com o disco, lançado em 2004, a banda conseguiu a obra prima dos acústicos...
Ao contrário da Legião, o Ira! era conhecido por suas furiosas músicas a base de bateria, baixo e guitarra, o básico do rock n’ roll. O detalhismo e técnicas do guitarrista Edgar Scandurra contra o explosivo vocalista Nasi, embate dentro e fora do palco... aqui, os 4 integrantes originais contam com a ajuda de mais 5 músicos (piano, violão, violoncelo, percussão e vocais de apoio) para criar as homogêneas camadas musicais e belos arranjos que podem ser vistos no DVD.
“Flores em Você”, “Dias de Luta”, “Envelheço na Cidade” estão no disco, mas vários clássicos como “Mudança de Comportamento” foram deixados de fora pra dar lugar a pérolas escondidas do passado como as belas “Boneca de Cera” e “Saída”, ou a versão do The Clash “Pra Ficar Comigo” que abre o disco. E como é costumeiro nos acústicos, o Ira! também tem seus convidados: Pitty (Eu Quero Sempre Mais), Samuel Rosa (Tarde Vazia) e Paralamas do Sucesso (Envelheço na Cidade), um de cada década, mas quem mais se destaca é os anos 90...
Enquanto Scandurra se destaca com seu violão de nylon, Nasi mostra que estava em sua melhor fase, e com a cara do Wolverine, como brinca João Barone, o baterista dos Paralamas, no making of do show (o DVD traz além do making of, entrevistas, ensaios, etc). Sua voz rasgada encaixa perfeitamente com a “nova roupa” das canções, ou somente com o piano da linda “Vida Passageira”...
Depois de 18 músicas vem o hino “Núcleo Base” com Nasi acenando para a platéia ao cantar “meu amor eu sinto muito, muito, muito mas vou indo”... o jogo estava ganho. O Ira! voltou a ser uma das grandes bandas nacionais, fez uma extensa turnê, lançou mais um bom álbum e terminou com muita polêmica. Uma pena, mas o legado está aí...
Começo dos anos 90, a MTV, hoje berço de emos e coloridos, engatinhava em terras brasileiras quando começou com o projeto acústico. No começo, era só um show para a televisão com violões, não se pensava em DVDs e CDs como hoje em dia. A grande Legião Urbana foi uma das primeiras bandas a fazer o novo programa, e abandonar as melodias complexas de seus discos para apresentar as canções com somente percussão e 2 violões...
O conceito do “Acústico MTV” mudou, virou uma espécie de segunda chance para a carreira (caso do Capital Inicial, que já estava totalmente esquecido até gravar seu acústico)... e 12 anos depois, o Ira!, outra banda remanescente dos anos 80, conseguiu muito mais do que se erguer novamente ao sucesso a base de violões. Com o disco, lançado em 2004, a banda conseguiu a obra prima dos acústicos...
Ao contrário da Legião, o Ira! era conhecido por suas furiosas músicas a base de bateria, baixo e guitarra, o básico do rock n’ roll. O detalhismo e técnicas do guitarrista Edgar Scandurra contra o explosivo vocalista Nasi, embate dentro e fora do palco... aqui, os 4 integrantes originais contam com a ajuda de mais 5 músicos (piano, violão, violoncelo, percussão e vocais de apoio) para criar as homogêneas camadas musicais e belos arranjos que podem ser vistos no DVD.
“Flores em Você”, “Dias de Luta”, “Envelheço na Cidade” estão no disco, mas vários clássicos como “Mudança de Comportamento” foram deixados de fora pra dar lugar a pérolas escondidas do passado como as belas “Boneca de Cera” e “Saída”, ou a versão do The Clash “Pra Ficar Comigo” que abre o disco. E como é costumeiro nos acústicos, o Ira! também tem seus convidados: Pitty (Eu Quero Sempre Mais), Samuel Rosa (Tarde Vazia) e Paralamas do Sucesso (Envelheço na Cidade), um de cada década, mas quem mais se destaca é os anos 90...
Enquanto Scandurra se destaca com seu violão de nylon, Nasi mostra que estava em sua melhor fase, e com a cara do Wolverine, como brinca João Barone, o baterista dos Paralamas, no making of do show (o DVD traz além do making of, entrevistas, ensaios, etc). Sua voz rasgada encaixa perfeitamente com a “nova roupa” das canções, ou somente com o piano da linda “Vida Passageira”...
Depois de 18 músicas vem o hino “Núcleo Base” com Nasi acenando para a platéia ao cantar “meu amor eu sinto muito, muito, muito mas vou indo”... o jogo estava ganho. O Ira! voltou a ser uma das grandes bandas nacionais, fez uma extensa turnê, lançou mais um bom álbum e terminou com muita polêmica. Uma pena, mas o legado está aí...
ótimo cd! Não conhecia a banda e depois deste cd virei fã! As musicas com Samuel rosa e Pity são demais!
ResponderExcluirFaço parte da geração que conheceu o Ira! através do Acústico. Só conhecia o Nasi do Rock Gol e algumas músicas do grupo - Envelheço na Cidade e o disco Entre Seus Rins.
ResponderExcluirConcordo. É um ótimo acústico - divide a primeira colocação do meu TOP Acústicos com Ultraje A Rigor.
Tiago, eu já conhecia o Ira!, mas depois do acústico que tive curiosidade de buscar músicas mais antigas e ver que tem muita coisa boa no passado da banda.
ResponderExcluirMateus, eu também gostei muito do acústico do Ultraje mas, a maioria das músicas eles tocaram iguais, até com solos usando distorção. Enquanto o Ira! criou arranjos diferentes privilegiando o formato acústico. Por isso, é meu favorito.
Recomendo também o "Acústico Bandas Gaúchas" que conta com Bidê ou Balde, Cachorro Grande, Ultramen e Wander Wildner. Outro belo acústico, com bandas muito famosas aqui o sul e que infelizmente não são tão conhecidas no resto do Brasil.
Abraços