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13 de setembro de 2010

A Ressaca


Por Jardel Nunes

Época eleitoral no Brasil. Dias atrás conecto no msn e vejo a seguinte frase na descrição de um amigo: “Faça como lá em casa. Coloque uma mulher na presidência”... Não estou aqui para fazer propaganda para político nenhum (aliás, não consigo nem prestar muita atenção para esses assuntos), mas a frase encaixou perfeitamente com a minha idéia desse texto.

Se a tal frase se concretizar, será só mais um indício de algo que já acontece a um bom tempo: a queda do homem. Sim, querendo os homens admitir ou não, já faz algum tempo que o sexo masculino perdeu a sua imponência. O termo “homem da casa” já não significa a mesma coisa, e são pouquíssimas as tarefas (ou empregos) em que os "machos" ainda não tem "fêmeas" como concorrentes...

Mas já que participo dessa classe que está perdendo sua majestade, tenho que citar uma grande qualidade masculina: o senso de humor. Sim, porque rir da própria “desgraça” é uma virtude. E além das rodas de conversas entre amigos, o cinema se utiliza cada vez mais do tema para fazer graça, começando com os “bromances” (onde amigos se amam mesmo) até chegar ao ponto do deboche total, como em “Os Motoqueiros Selvagens” e nesse “A Ressaca”.

O filme mostra três amigos na meia idade. Após Lou (Rob Corddry) tentar suicídio, os outros resolvem tentar ajudar o amigo, e juntamente com o sobrinho de um deles vão para uma antiga colônia de esqui, onde tomam um porre e por causa de uma banheira (a Jacuzzi Máquina do Tempo do título original) voltam aos anos 80, onde todos os problemas deles se iniciaram.

O pretexto é só para ressaltar ainda mais os problemas dos quatro com o sexo oposto, como na cena em que Nick (Craig Robinson) chora ao contar para outra mulher que sua esposa o trai, ele sabe, mas não irá largá-la pois a ama muito. E também para colocar várias piadas sexuais, escatologias, nudez (enfim, coisas que geralmente são mais apreciadas pelo público masculino), além das teorias de viagem ao tempo e as referências a “De Volta para o Futuro”: O ator Crispin Glover. A música que só iria ser lançada anos depois...

Além dos já citados, completam o elenco John Cusack (o chutado pela mulher), Clark Duke (o adolescente que só tem vida social online) e o grande Chevy Chase, que faz participações hilárias como o técnico em banheiras meio profeta. Dirigido por Steve Pink, “A Ressaca” tem os seus deslizes, mas é um bom filme feito por homens para homens. Afinal, rir da própria desgraça é sempre bom.


3 comentários:

  1. òtimo texto Jardel. Realmente, o cinema tem explorado mto bem este fato em filmes. Além dos citados, Se beber não case tb é um grande expemplo. A história parece mto criativa. Pelo q vc falou, pena q o desenvolvimento não vai pelo mesmo caminho. Mas acredito q será uma boa diversão. Grande abraço.

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  2. Muito obrigado Thicarvalho.
    É, realmente A Ressaca lembra muito Se Beber, Não Case. Inclusive o título nacional, e acho que o filme foi feito para seguir essa "onda" de sucesso que "Se Beber" teve.
    Inclusive, após assistir A Ressaca, comecei a bolar o texto na minha cabeça justamente usando algumas comparações com "Se Beber", mas, na hora que fui colocar no papel (leia-se Word, hehe) acabei lendo a crítica que o Érico Borgo do Omelete fez, e usando essa comparação. Então tive que mudar o texto um pouco, mas ach oque ficou bem legal, eu gostei do resultado.

    Abraços e mais uma vez, obrigado pelo elogio.

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  3. VOCE RESUMIU DA MANEIRA MELHOR DE TODAS! E UM FILME DE HOMENS PARA HOMENS!

    cheio de erros, mas que diverte!

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