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16 de setembro de 2010

O Invencível Homem de Ferro (a revista mensal)


Por Jardel Nunes

Já se passaram mais de cinco meses desde que a editora Panini, que detém os direitos de publicação das linhas Marvel e DC aqui no Brasil, anunciou a tão discutida revolução editorial em suas revistas. Revistas seriam canceladas, outras seriam lançadas e todas tiveram sua quantidade de páginas e preços alterados.

O “bafafá” foi grande, reclamações por toda parte (nerds não gostam de mudanças né) e só depois de todo esse tempo é que se pode dar uma visão melhor da situação: como todas as mudanças, existe o lado bom e o ruim. Por aqui, já foi comentado sobre uma dessas novas revistas, A Teia do Homem-Aranha, e hoje é a vez do herói Marvel do “momento”...

O lançamento de uma revista mensal exclusiva para o Homem de Ferro é um enorme golpe de marketing, aproveitando a fama do herói nos cinemas, e as 4 primeiras edições (a nº 5 deve estar chegando nas bancas esse mês) só comprovam isso. Além de conter uma história da cronologia do herói, a revista também traz as mini-séries “Homem de Ferro Vs Chicote Negro” e “Viúva Negra – Origem Fatal”, ambas em 4 partes... utilizando justamente dois personagens que apareceram em Homem de Ferro 2.

Também já foi falado aqui sobre a qualidade das histórias cronológicas do “latinha”, então falemos das mini-séries: Homem de Ferro Vs Chicote Negro é escrita por Marc Guggenhein / Brannon Braga e desenhos de Phil Briones / Andréa Mutti, e pode se dizer que é uma história “na média”, com um começo bom, um desenrolar interessante e um final fraco.

A trama mostra Tony Stark sendo preso por supostamente aniquilar uma vila na Rússia, e para se vingar da morte do pai no acidente, Ivan Vanko se transforma no Chicote Negro e vai atrás de Stark. A história pega carona no filme, mas o enredo e o visual do vilão são bem diferentes...

Em Viúva Negra – Origem Fatal, Natasha Romanoff (a viúva) descobre que uma espécie de vírus foi implantado em seu corpo e ela transmitiu para seus amigos e amantes (que não foram poucos). Desse modo, enquanto ela vai atrás dessas pessoas ficamos conhecendo vários trechos da vida da heroína...

O roteiro da mini-série, escrito por Paul Cornell, apesar de meio “forçado” em algumas coisas, é muito bem amarrado. A arte fica por conta de Tom Raney e John Paul Leon, e aqui a diferença é gritante. Enquanto os flashbacks são desenhados por Leon e seu estilo retrô de encher os olhos, as partes contemporâneas feitas por Raney ficam devendo e muito.

A mini ainda conta com belas capas de Adi Granov, que são reproduzidas no interior da revista. Burrada da Panini não ter utilizado nenhuma como capa principal.

O Invencível Homem de Ferro tem 76 páginas e o valor de R$ 6,50. Como as duas “minis” acabaram na última edição, a Panini anuncou que irá publicar a adaptação do filme do Homem de Ferro no lugar vazio. Vamos aguardar para ver a qualidade desse material, mas parece ser um desperdício de espaço com tantas outras boas histórias esperando para serem publicadas.


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