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30 de agosto de 2010

Salt


Por Jardel Nunes

Você nem imagina o que Angelina Jolie pode fazer sem calcinha. Em certa cena, Salt (o papel de Jolie), tentando fugir de um prédio após ser acusada de espionagem, retira a roupa de baixo para tapar uma câmera de segurança, e assim, somente com uma saia apertada, a suposta espiã foge pulando janelas, prédios e batendo em vários seguranças pelo caminho.

Crianças russas super treinadas sendo infiltradas no lugar de americanos para tomar posições estratégicas em órgãos como o FBI, CIA, para depois de muitos anos de fachada estar no lugar apropriado para desferir um grande golpe. Coloque na mistura a União Soviética, alemães, coreanos e uma americana (ou seria russa) apaixonada que pode salvar o mundo.

Essa é a história ou o pretexto que o diretor Phillip Noyce achou para colocar Angelina Jolie a fazer poses e beicinhos para a câmera em meio de perseguições desenfreadas e reviravoltas mirabolantes. Mas aí alguém vai dizer: “Mas isso á legal, é divertido!”. Sim, de fato, a primeira fuga e reviravolta são legais, o problema é quando se chega na quinta sequência de ação e reviravolta sem propósito...

Durante os 100 minutos de Salt, todos os clichês dos filmes de ação podem ser vistos, desde armas sendo construídas com qualquer coisa (MacGyver!?) até os perseguidores que estão sempre um passo atrás, vividos por Chiwetel Ejiofor (de 2012) e a Liev Schreiber (que devia largar bombas como Wolverine e ficar com a carreira de diretor).

Na verdade, o grande problema de Salt é se levar a sério demais. Mesmo com todas as cenas absurdas (Sheldon Cooper explicaria por A mais B que o roubo da moto é impossível nas leis da física), em nenhum momento o filme mostra um mínimo tom cômico. Não precisava ser um “Sr. e Sra. Smith”, onde as situações são forçadas para criar a piada, mas podia se aproveitar de situações como a descrita lá no primeiro parágrafo, para não virar a própria.

Um comentário:

  1. É estranho, mais ainda não conferi SALT, mas sei que o filme é realmente isso, um monte de cenas absurdas que formam um filme sem nexo. Só de ver as imagens, trailers e sinopse, percebe-se que o filme "é apenas mais um...". Uma pena mesmo, já que simpatizo com a Jolie.

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